Tatiana Santos
Já imaginou conseguir melhorar a coordenação motora, a qualidade do sono, a flexibilidade, renovar as energias e a criatividade, dançando? Pois, isso é totalmente possível através da biodança (ou biodanza), prática que utiliza movimentos de música e dança para gerar muitos benefícios ao organismo como um todo. Quem explica em detalhes é a facilitadora da modalidade, Leda Lage Carvalho, que tem um estúdio de dança em Itabira, onde ministra as aulas de biodança.
Mas, afinal de contas, do que se trata esta prática? Conforme explica, é um sistema de desenvolvimento pessoal criado pelo chileno Rolando Toro na década de 1960, e é uma atividade holística, já que trabalha o corpo, a mente, as emoções. É baseada em movimentos diários e simples das pessoas, como o próprio caminhar, mas no ritmo da música.

Na primeira parte da aula são usadas músicas mais dinâmicas com palmas, para ativação do organismo. São feitas atividades lúdicas, como trenzinho. “A brincadeira, o riso unem muito as pessoas”, descreve. A segunda parte trabalha a transição para um ritmo mais melódico, para trabalhar o hormônio ocitocina, para promover união social, bem-estar e relaxamento. Tudo, ao ritmo das músicas previamente escolhidas. Aliás, as trilhas musicais vão desde as internacionais, como Beatles, à música clássica, até as nacionais, como do cantor Chico César. “Para fazer biodança não precisa saber dançar. É melhor não saber dançar, não tem coreografia. A diferença, é que muita gente confunde dança circular com a biodança, porque todas duas fazem roda. A gente faz uma roda no início ou no final, a gente faz uma no meio, mas são vários exercícios”, explica.

Biodança no SUS
Tamanhos benefícios, é que desde o ano de 2016, a biodança foi incluída como prática integrativa do Sistema Único de Saúde (SUS). Leda, inclusive, trabalhou voluntariamente com a prática no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em Itabira. A facilitadora afirma que naquela época, era possível observar melhora em quadros de depressão e ansiedade entre os usuários. Entre os alunos atuais de Leda também há registros de melhora na dor da fibromialgia e de outras doenças.

Idades e limitações físicas
Mas, com tantas vantagens, será que há idade mínima ou limite para praticar a atividade? Leda afirma que não. Aliás, ela já ministrou aulas para crianças de apenas 3 anos em um colégio de Itabira. “Tinha menino que usava até bico”, brinca. Ela fez especialização para o público infantil, que têm aulas separadas dos adultos. Democrática, na biodança há espaço para pessoas com deficiências, mas com algumas adaptações à cada limitação.
Para mais informações, o telefone é: (31) 9 9963-7716 (WhatsApp)/ Fixo: 3834-7253/ Instagram: @leda.lage.5