A paciência é uma forma de martírio que vence todo sofrimento. Não há barreira que não caia pela força da paciência, fruto da fé, da humildade e do abandono da vida em Deus. Foram pela paciência que a Igreja Católica venceu todos os seus inimigos até hoje; o Império Romano, as heresias, as perseguições, o comunismo, o ateísmo, os pecados de seus filhos, entre outros.
Quando os nossos pecados e fraquezas nos assustam e nos desanimam, é preciso ter paciência também conosco e aceitar a nossa dura realidade. Quando for difícil caminhar depressa então, é preciso ter paciência e aceitar caminhar devagar. A paciência do cristão não é vazia nem significa imobilismo ou resignação mórbida, tampouco, perde de tempo. Não! É a certeza de tudo está nas mãos d´Aquele que tudo pode. “Um espírito paciente vale mais que um espírito orgulhoso. Não cedas prontamente ao espírito de irritação”; é no coração dos insensatos que reside a irritação, conforme nos ensina Ecl 7,8-9. O que pudermos mudar em nós ou nos outros, devemos aceitar com paciência, até que Deus disponha as coisas de outro modo. Ninguém perde por esperar! Isso é muito importante na vida do casal.
A paciência é amiga do silêncio e da fé. É a paciência que nos leva para o céu! “Aceita tudo o que te acontecer; na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência”. (Eclo 2,4) Santo Agostinho, certa vez, disse uma frase para a posteridade: “Quando se ama não se sofre; e s sofre, ama-se o sofrimento” Por amor superamos a dor. Santa Teresa D’Avila gostava de dizer: “Nada te perturbe; nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta: Só Deus basta!” Do mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a ira controlada pela paciência pode transformar-se em uma força capaz d mover o mundo, o casamento e a família.
Quando o fogo e a água estão em guerra, é sempre o fogo que perde, já perceberam? Sã Paulo diz que “o amor é paciente”. Sem a paciência não é possível construir o outro. São Tiago ensina que “a paciência gera a perfeição” (Tg 1,4) Se não faltar a paciência e a perseverança, superaremos os defeitos da pessoa amada. Jesus nos assegura que “aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24,13).
No casamento podemos dizer que quem não desanimar, fará o outro crescer. Infelizmente, a maioria dos casais desanima nesta tarefa nobilíssima de construir o outro, porque lhes falta a paciência. Peça a Deus a paciência de cada dia e Ele dará. Pedi e recebereis disse o Mestre. Tenho como certo que na outra vida Deus nos agradecerá por termos abraçado com fé e paciência a bela obra de construir aquela pessoas que ele colocou ao nosso lado por toda a vida. Na perspectiva, o casamento é um santo desafio; é uma nobre missão divina; é uma tarefa para grandes homens e grandes mulheres; não é para gente pequena, imatura, egoísta, que ainda não cresceu.