Tatiana Santos
O rapper e empreendedor itabirano, Lukiha DDG, participou do GITEX GLOBAL, evento de tecnologia e inovação que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes, e é considerado um dos maiores do gênero no mundo. O encontro aconteceu entre os dias 13 e 18 de outubro, e envolveu cerca de 180 países, englobando inúmeros investidores. Lukinha apresentou seu hub de empresas, fazendo network e visitando outras empresas que estavam no evento. O objetivo era cooperar, buscar novas tecnologias, parcerias, participando de rodada de negócios.
De maneira resumida, o empresário afirmou: “A gente via que dava negócio em algo ali na parte sustentável, ‘bora para sala, vamos sentar’. E é assim que surge o negócio”. De Dubai, além do network e dos conhecimentos, o itabirano trouxe algumas reflexões importantes, já que neste ano esteve em três países. Segundo ele, o Brasil não prepara as pessoas para sonhar para o mundo, já que poucas pessoas falam inglês ou qualquer outra língua, e ele mesmo teve que aprender ‘na marra’ e ainda continua aprendendo.
Surpreendido com o crescimento
Apesar de ser CEO (presidente executivo) da DDG Business Platform, uma holding composta por seis empresas, o itabirano ainda se surpreende com o crescimento de seus negócios e o alcance que tem tomado. Mesmo com uma rotina bastante apertada, ainda assim, enxerga nisso uma possibilidade de alcançar patamares ainda maiores, exatamente como a recente participação na GITEX GLOBAL. “Para ser sincero, a gente não esperava que [a DDG] viraria tudo isso, entendeu? Que a gente estaria realmente trabalhando essa parte sustentável, essa parte de geração de emprego, como está sendo agora”, se surpreende.
Conforme esclareceu, sua equipe trabalhava, mas não tinha noção da proporção que teriam seus negócios, e que o desejo hoje é o mesmo do início, ou seja, “o sangue pulsar mesmo”. Se antes havia a necessidade de trabalhar, hoje a necessidade é de fazer e confiar nos resultados positivos.
Sem esquecer as raízes
De origem humilde, Lukinha levou para Dubai uma bandeira que mesclava as flâmulas do estado de Minas Gerais, de Itabira e do Brasil, com a escrita: ‘A favela também é potência na arte de empreender’. Ele afirma que pretende ser uma referência para outras pessoas, em especial, os jovens itabiranos, motivando e mudando vidas, e tem mostrado isso por meio do trabalho e da inovação: “Eu falo que assim, eu sou uma ponte, eu tento fazer essa intermediação com os outros setores, por ser Itabirano. E a gente foi um dos primeiros a estar fazendo. Isso para a gente acaba sendo importante, porque a gente começa a mostrar para as pessoas que é possível”, descreve.
Sobre a DDG Business Platform, o empreendedor acredita no poder do capital humano e do trabalho em equipe para manter uma boa estrutura funcional de negócio e se alcançar voos mais altos. Ele elogia sua equipe, destacando a alta performance, a criatividade e a disposição para fazer acontecer. “Essas pessoas fazem muita diferença, porque é todo produto nosso, seja ele cultural, comercial, no sentido corporativo, ou no sentido do instituto [DDG] também. Eu gosto de separar cinco empresas lá do instituto que é o coração disso tudo, porque é onde a gente transforma”, finaliza, lembrando que mesmo tendo um grande plano de expansão, a origem e essência de seu trabalho é Itabira.
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