Tatiana Santos
Apesar de ficarem na parte mais baixa do veículo e sustentarem todo o peso, nem sempre os proprietários dão a devida atenção aos pneus. Bem mais do que “aguentar o tranco” do dia a dia, eles mantêm a direção do veículo, absorvem impactos e transferem forças de tração e frenagem. Mas, se não forem bem mantidos, sua vida útil é reduzida e há o risco iminente de acidentes. Saiba a importância de uma boa manutenção desses itens essenciais.
O especialista em pneus e serviços da Lana Soluções Automotivas, Eduardo Sandro Rodrigues, esclarece que um dos maiores problemas são relacionados aos pneus lisos. Há o risco de acidentes, especialmente em períodos chuvosos. “Pneu careca vai te trazer uma grande instabilidade, principalmente nas curvas ou se estiver chovendo, pior ainda. Causa aquaplanagem e a situação não consegue controlar”, alerta.
Calibragem
Outra questão importante é a calibragem. De acordo com Eduardo, existem diferenças entre as libras para meios de transporte diferentes. Por exemplo, aos automóveis de passeio se recomenda entre 26 e 38 libras (dianteiro), e de 30 a 40 libras (traseiro). Cada veículo consta a quantidade adequada em locais como na tampa do tanque de combustível, na porta ou nos próprios pneus.
No caso de calibragem baixa, pode ocorrer um desgaste prematuro nas laterais, ao passo que o excesso de libras acarreta em deterioração na parte central. Em ambas as situações, o veículo perde a estabilidade. Ele orienta: “O ideal é calibrar toda semana. Tira um dia da sua semana, por exemplo, toda terça-feira, ou a cada 15 dias. Mas o ideal mesmo é toda semana”.
Alinhamento
Segundo Eduardo, é fundamental que se faça o alinhamento, para não haver desgaste irregular nos pneus. Também é indicado balanceamento a cada 3 mil quilômetros, se o veículo for utilizado em estradas de terra, e a cada 5 mil quilômetros em uso urbano. Balancear evita vibrações no volante.
Sinais de alerta
Existem alguns sinais que sugerem o momento da troca. Um deles é identificar um ressalto entre os frisos, conhecido como TWI, ou seja, índice de desgaste. Quanto mais apareado aos frisos, mais próximo da troca, fator que não deve ser negligenciado: “Só fica uma pergunta para vocês pensarem mais um pouco. O pneu pode ficar mais um pouco, mas será que sua vida vale o preço de um pneu?”, questiona Eduardo.
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