Você sabia que um momento comum do dia, como o banho, pode ajudar a identificar sinais precoces de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer? Estudos indicam que a função olfativa, responsável por identificar odores, pode ser um dos primeiros sentidos a apresentar alterações em casos de Alzheimer e Parkinson.
Como fazer o teste?
Enquanto estiver no banho, tente sentir o cheiro do sabonete, xampu ou condicionador. Se você perceber dificuldade em detectar essas fragrâncias, isso pode ser um indício de menor capacidade de regeneração ou reparação de células no corpo.
Pesquisas, como um estudo publicado em fevereiro de 2023 na revista Neurology, apontam que pessoas com comprometimento cognitivo apresentam maior dificuldade em identificar odores. Por outro lado, indivíduos com boa capacidade olfativa têm uma degeneração cerebral mais lenta, especialmente nas áreas relacionadas à memória e ao raciocínio.
Treinamento olfativo: uma ferramenta de prevenção e reabilitação
A boa notícia é que o olfato pode ser treinado! Um estudo de 2022 mostrou que idosos com depressão que praticaram exercícios olfativos por meses tiveram redução nos sintomas, especialmente aqueles com dificuldades prévias para detectar cheiros. Já um estudo menor de 2021 constatou que esse treinamento também ajuda pacientes com demência a recuperar a memória verbal com mais rapidez.
A prática consiste em inalar diferentes aromas por cerca de 20 segundos, duas vezes ao dia, de forma concentrada e contínua. Com a regularidade, essa técnica pode trazer benefícios para a saúde mental e cognitiva.
Cuidar do olfato é cuidar do cérebro!
Se você perceber alterações persistentes no olfato, procure orientação médica. Diagnósticos precoces são essenciais para tratamentos mais eficazes.
FONTE: Viva Bem uol