Tatiana Santos
A tecnologia tem mudado muitas coisas em todas as áreas. Nessa segunda-feira (28/01) é o Dia Internacional da Privacidade de Dados, que é a proteção de informações pessoais contra acesso, uso e divulgação não autorizados. O gestor de Tecnologia da Informação (TI) e sócio de startup de tecnologia em Itabira, Daniel Rodrigues, explica sobre a data e a importância deste profissional.
A data é comemorada desde 2006, baseada em uma lei estabelecida na Europa, que se tornou mundial, sendo utilizada para conscientização de pessoas físicas e de empresas a respeito desse tema. Conforme o profissional, “esse dia é comemorado para a gente ter essa conscientização a respeito do que é a privacidade dos dados e por que ela é importante”.
Como se proteger da coleta indevida de dados?
Daniel explica como preservar a privacidade dos dados, e esclarece que a primeira ação é tomar uma medida protetiva, não informando os dados para qualquer órgão, assim como o CPF. Um alerta é quanto ao e-mail, que segundo ele, é um grande dado, sendo importante para as empresas. “Elas [empresas] pagam por essas informações. Também dados como o telefone, até mesmo outros dados. Por exemplo, quando você pega o seu celular e está mexendo com o aplicativo, muitas vezes, esse aplicativo vai te dar o que a gente chama de termo de uso, que as pessoas só clicam lá em acenda e não leem nada”, deixa o alerta.
Nesse sentido, há várias informações que a maioria dos usuários não leem, e quando se aprofunda naquela leitura, percebe-se que o aplicativo está explicando que a empresa coleta tais informações, muitas vezes informações de uso, de áudio, justamente para enriquecer as empresas. É fundamental que as pessoas saibam que se a pessoa está usufruindo de um aplicativo de forma gratuita, muito possivelmente o produto é a própria pessoa, motivo pelo qual as informações são coletadas.
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Algoritmo
É comum o usuário observar que realizou uma pesquisa no celular sobre shampoo, por exemplo, quando começa a perceber que aparecem várias coisas sobre o tema. Isso acontece exatamente porque em algum local a pessoa acabou aceitando que esses dados fossem coletados. “Então, hoje todos os algoritmos, os celulares, os computadores trabalham dessa maneira, a própria internet em si. Ela tenta compilar as informações que você está ali buscando”, detalha. Nesse caso, enquanto o usuário não comprar o produto recomendado pelo algoritmo, vai continuar recebendo esses inúmeros anúncios.
A orientação do profissional é que o melhor ato é se atentar àquilo que se está aceitando no celular. “Então, por mais que às vezes é uma leitura grande, uma leitura entediante, é importante você fazer essa leitura para ter essa ciência de, você está fornecendo o seu CPF às vezes para algum aplicativo, para um cartão, para um banco. Por que eles estão te solicitando isso? Como que vai ser utilizado?”, questiona.
Lei Geral de Proteção de Dados
Por fim, o gestor ressalta que no Brasil há o marco geral da internet, que é uma lei criada em 2020, que versa sobre a Lei Geral de Proteção de Dados. A regra prevê quatro pilares, sendo a confidencialidade, disponibilidade, integridade e a autenticidade. Conforme Daniel, existe também uma conscientização, principalmente para as empresas que coletam as informações dos usuários, para que tratem esses dados de maneira correta, com confidencialidade. “Então, a empresa tem ali um protocolo para, de fato, tornar aquele dado acessível apenas às pessoas autorizadas, ou seja, é um dado confidencial, por exemplo, o seu CPF, o seu número de telefone”, encerra.