Tatiana Santos
O Dia Internacional da Mulher, lembrado em todo o mundo neste sábado (08/03), traz uma reflexão sobre a importância de se reconhecer, mas principalmente, valorizar a mulher. E quando se fala no sexo feminino, adjetivos como determinadas, resilientes e guerreiras caem muito bem, em especial aquelas que superaram doenças graves. Exemplos disso são as itabiranas Katiany Aparecida Nunes e Sara Dutra, que venceram o câncer de mama após uma batalha pela saúde.
Katiany conta que a descoberta da enfermidade foi em 2019. Durante o processo de investigação, para sua surpresa, descobriu que estava grávida. No sexto mês de gestação, mais uma situação, desta vez, negativa: o resultado da biópsia apontou um câncer localmente avançado com grau 3, indicando que ela precisaria iniciar seu tratamento. “Eu falo que eu me deparei com um gigante, mas eu decidi que eu ia lutar contra esse gigante com as armas que eu tinha, porque eu tinha muita fé em Deus”, recorda.
Ela fez duas sessões de quimioterapia, o filho nasceu prematuro, mas no dia seguinte ao parto ela já estava em casa, celebrando sua primeira vitória, como relata: “Continuei o tratamento, fiz mais seis quimioterapias, fiz a cirurgia, e na biópsia da cirurgia eu tive minha segunda vitória, porque não tinha nenhuma contaminação, não tinha metástase. Deus é fiel, Deus é maravilhoso”.
Foram 15 sessões de radioterapia, um ano de medicação endovenosa, cinco anos de medicação específica. No mês de fevereiro, a paciente teve a cura da doença e conquistou a tão aguardada alta hospitalar. Cheia de fé, Katiany atribui a cura da enfermidade a Deus e diz que o câncer não é uma sentença de morte, quando descoberto e tratado o quanto antes: “O tempo determina todas as coisas, o tempo vai ser o seu aliado, o seu adversário. Se você buscar ajuda a tempo, ele vai ser seu aliado, se você não buscar, vai ser seu adversário, mas o controle de todas as coisas está na mão do Senhor. Eu quero falar para vocês que confiem em Deus, creiam n’Aquele que fez o céu e a terra. Eu estou muito feliz com o Senhor, porque depois de cinco anos, na minha remissão, eu ganhei alta e estou curada, para honra e glória do Senhor”, se empolga.
Fé, amor e autocuidado são remédios fundamentais
A fé o amor também foram alguns dos antídotos para a psicóloga clínica Sara Dutra, também de Itabira, se curar da doença. Ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama um pouco mais recente: em março de 2023. A partir daí, segundo afirma, começou a procurar entender o que estava acontecendo em seu corpo. Graças ao diagnóstico precoce fez o tratamento necessário e conseguiu a remissão do tumor.
Sara acredita que se cercar de pessoas que ama é essencial para o processo de cura e aconselha a todas as mulheres que neste momento se vêm nesta situação: “Procure se apoiar nas pessoas que amam você de verdade, porque a rede de apoio é muito importante. Entendam que o amor também cura. Então, eu me apeguei na fé, no cuidado das pessoas que estavam ao meu redor, que queriam o meu bem. Eu acreditei que é possível, sim”.
Para a psicóloga, uma rotina de autocuidado também é fundamental, pois, é a partir desse conhecimento do próprio corpo que é possível detectar anomalias e buscar auxílio médico. Ela encerra, deixando a orientação de que “se há algo que não está legal no seu corpo, algo que você identificou que não estava ali, independente da sua idade, vá e procure ajuda”.