O governo federal decidiu zerar a tarifa de importação de nove produtos da cesta básica, uma medida que segue uma estratégia adotada em gestões anteriores, tanto de governos de esquerda quanto de direita, para tentar conter a inflação dos alimentos.
A decisão afeta itens como carnes, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos, massas, entre outros, com o objetivo de reduzir os preços e aliviar a pressão inflacionária, especialmente sobre as camadas de baixa renda. Essa ação segue precedentes das administrações da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2013 e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, que também tomaram medidas similares.
No entanto, economistas apontam que o impacto prático da medida pode ser limitado. Joelson Sampaio, professor de Economia da FGV, explica que esse tipo de ação é comum em momentos de choque de produção, mas traz benefícios reduzidos. “São, em geral, decisões de isenção ou redução de alíquotas de imposto. Elas geram certos impactos, mas sempre muito limitados”, afirma o especialista.
Além disso, há o risco de que a redução dos impostos não seja totalmente repassada ao consumidor final. “Quando você isenta ou reduz uma alíquota, há um benefício, mas ele pode não ser totalmente repassado aos consumidores. Isso porque uma parte pode ser absorvida pelos comerciantes como margem de lucro”, complementa Sampaio.
Portanto, embora a medida seja vista como uma tentativa de aliviar a inflação dos alimentos, especialistas acreditam que os preços nas prateleiras podem não mudar significativamente.
FONTE: g1