Tatiana Santos
A campanha Setembro Amarelo é uma mobilização feita por civis para conscientizar sobre a importância de se cuidar da saúde mental. O Dia Mundial de Prevenção do Suicídio é lembrado todos os anos em 10 de setembro, motivo pelo qual neste mês há maior gama de informações sobre o combate ao auto extermínio. No Brasil, a data começou a ser lembrada desde 2015, com o intuito de chamar a atenção para o tema.
De acordo com Maurício Andrê, porta voz voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Itabira, a instituição faz parte deste braço de apoio à causa. No decorrer do mês, o voluntário ministrou palestras em Itabira, tanto em empresas privadas, como em instituições de ensino, como a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e a Escola Estadual Trajano Procópio A. S. Monteiro (Premen), além do Conselho do Bem Estar do Menor (Combem).
Há ainda, convites para a equipe palestrar no distrito de Ipoema (Centro de Convivência), em Senhora do Carmo (Serra dos Linhares), na comunidade do Engenho, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Jardim das Oliveiras, na Associação de Amigos dos Excepcionais (Apae) de João Monlevade. “O que a gente chega para poder falar sobre esse movimento, é quais são os pontos de dores que a gente tem, além de qual ponto de apoio procurar, como o CRAS. E isso a gente apresenta durante essa roda de conversa, para que as pessoas saibam que existe e tenham a liberdade de procurar quando precisarem”, explicou.
Maurício afirma que é de grande importância cuidar da saúde mental, pois todos os seres humanos têm suas angústias, dificuldades, compromissos diários, stresse e decepções. “Isso vai nos deixando numa situação que se a gente não cuidar pode realmente entrar numa situação de depressão, desespero e desesperança. E a gente tem muita dificuldade para sair desse poço”. O porta voz lembrou que, da mesma maneira que há grupos de apoio (família, amigos, igreja), existe também o CVV como um apoio relevante para as pessoas.
Duas décadas ouvindo pessoas
Em Itabira, o órgão tem o posto de atendimento há 23 anos, que desde sua abertura, nunca ficou um dia sem realizar atendimentos. O trabalho acontece por meio de conversas com quem precisa conversar, desabafar, e ainda há a garantia de total sigilo. A pessoa pode falar pelo tempo que achar necessário. O CVV atende pelo telefone 188.