O ataque promovido na madrugada deste sábado (7) pelo grupo palestino Hamas a Israel aconteceu no “sábado da paz”, quando os judeus descansam após seis dias de trabalho, e é considerado uma data “sagrada” no judaísmo. Os bombardeios também aconteceram horas depois do último dia da celebração judaica Sucot.
Entenda: Segundo o livro “Shabat Shalom”, publicado pela Congregação Israelita Paulista em 2020, Shabat é o sétimo dia (equivalente ao sábado, já que domingo é o primeiro dia da semana), e ‘a primeira das criações que Deus abençoa’. Shalom é a forma de cumprimento mais comum, e também é uma forma de desejar boa sorte.
Entre os “10 mandamentos do judaísmo” está a memória e a prática constante do “dia de Shabat”, pois, segundo o texto, Deus fez em seis dias o céu, a terra, o mar, tudo que está neles, e descansou no sétimo.
A cultura judaica, ainda conforme a publicação, considera o sábado como o dia de descanso. Até por isso, todas as obrigações profissionais e financeiras devem ser evitadas, o que aumenta o número de pessoas em casa.
Shabat Shalom
O Shabat Shalom é parte da comemoração de Sucot, também conhecida como Festa dos Tabernáculos, que começou à meia-noite de 29 de setembro e seguiu até o início da noite do dia 6 de outubro. Nesse período, os judeus comemoram o início da colheita e a chegada do outono.
É uma das três maiores celebrações do calendário, relembrando também os 40 anos de êxodo do povo hebreu após a saída do Egito.
O sétimo dia da festa de Sucot (o dia 6, no caso), é chamado de Hoshaná Rabá, o “dia do julgamento”, em que o destino do novo ano é determinado. A cultura judaica afirma que uma “fenda cósmica de luz sete vezes mais poderosa que a normal se abre”, e é quando se faz desejos para o próximo período e pedidos de prosperidade.
De acordo com a Fundação Israelita de São Paulo, costuma-se permanecer acordado na noite de Hoshaná Rabá e estudar Torá. Os atos fazem parte da celebração do ano novo judaico, o Rosh Hashaná.
Fonte: CNN Brasil