A ação aconteceu nos municípios de Espinosa, Verdelândia e Jaíba, e resultou em duas prisões, incluindo a do principal suspeito de liderar o grupo, além de apreensão de bens e bloqueio de contas bancárias.
A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou na manhã desta quinta-feira (6) a operação Vox Vacua, voltada ao combate a um esquema criminoso que vitimava aposentados, pensionistas e pessoas em situação de vulnerabilidade social, especialmente no Norte do estado. A ação aconteceu nos municípios de Espinosa, Verdelândia e Jaíba, e resultou em duas prisões — incluindo a do principal suspeito de liderar o grupo — além de apreensão de bens e bloqueio de contas bancárias.
Entre os alvos da operação estão escritórios de advocacia, agências de correspondentes bancários, uma construtora e pessoas com atuação direta em instituições financeiras, suspeitas de facilitar os crimes. A investigação identificou a prática de estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos e comércio irregular de medicamentos controlados.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos abordavam beneficiários do INSS, como idosos e gestantes, oferecendo empréstimos falsos para coletar documentos, assinaturas e fotos. De posse dessas informações, o grupo abria contas bancárias em nome das vítimas, transferia benefícios para instituições financeiras envolvidas no esquema e usava os dados para transações ilícitas como Pix, cartões de crédito e ações judiciais fraudulentas.
Durante o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão, foram recolhidos celulares, computadores, cartões de crédito, procurações em branco, anotações com senhas, medicamentos controlados e munições. Três veículos foram sequestrados, e oito investigados tiveram sigilos bancário e fiscal quebrados, além do bloqueio de contas e CNPJs.
O delegado Eujecio Coutrim, responsável pelo inquérito, destacou que os prejuízos atingem tanto instituições financeiras quanto as vítimas, que tiveram os benefícios desviados e nomes usados em ações judiciais falsas. Ele reforça que a investigação continua e novas responsabilizações podem ocorrer.
A operação contou com o apoio da Delegacia Regional de Janaúba e foi coordenada pelo 11º Departamento da Polícia Civil de Minas Gerais.
FONTE: OTEMPO