Tatiana Santos
A Prefeitura de Itabira e a Vale assinaram um acordo de cooperação para estruturação dos projetos de promoção da diversificação econômica do município, o preparando para o futuro pós-mineração. A pactuação aconteceu durante uma coletiva com órgãos de imprensa no auditório da Funcesi, na última quinta-feira, 30. Na ocasião, também foi apresentado o plano estratégico Itabira Sustentável à imprensa. O projeto se baseia em iniciativas de curto, médio e longo prazo, que serão implementadas para impulsionar o desenvolvimento sustentável e socioeconômico da cidade.
Dentre os presentes, estavam o prefeito Marco Antônio Lage e o vice Marco Antônio Gomes; Marcelo Klein, diretor de gestão de territórios da Vale; José Maciel Paiva, secretário executivo do plano Itabira Sustentável; além de representantes da Arcadis, empresa de consultoria especializada em desenvolvimento sustentável.
Projetos de curto a longo prazo
Num total, 61 projetos estão divididos em 15 diretrizes, que visam atuar dentro das potencialidades de Itabira. Algumas iniciativas estão sendo trabalhadas de maneira prioritária no curto prazo, como por exemplo: a implantação do curso de Medicina da Funcesi; a expansão do campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em Itabira; concessões administrativas para trinta 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) com parcerias da iniciativa privada; instalação de uma fábrica de de aproveitamento de rejeitos de mineração em caráter experimental, com uso em pavimentação e asfalto e fabricação de blocos pré-moldados etc.
Engajamento social
Marco Antônio Lage esclareceu que todo o processo, desde a construção, até a apresentação do projeto à sociedade, tem sido feito passo a passo e segundo a demanda do município, que é a sustentabilidade. Ele ressaltou que, após dois anos de trabalhos na elaboração do plano, com o envolvimento efetivo da sociedade civil, se chegou aos 61 projetos. “E naturalmente agora, o engajamento da sociedade, o envolvimento, a comunicação, trazendo isso [o projeto] para que a sociedade compreenda o passo a passo. Até para não acontecer como aconteceu no passado, dos projetos se perderem”, descreveu o chefe do Executivo, ressaltando que há uma necessidade de Itabira ser auto sustentável no período pós- exploração minerária.
O representante da Vale, Marcelo Klein, concordou que a essência do projeto prevê o envolvimento de toda a sociedade para que os trabalhos sejam consensuais entre Vale, governo, cidadãos e iniciativa privada: “Acrescento que a própria governança do projeto prevê isso. É uma governança inclusiva, democrática, com participação do sindicato, da academia [universidade], da sociedade civil. Não desvencilho das perguntas difíceis [da sociedade], porque ali que está provavelmente o cerne, as pistas que a gente vai ter para propor soluções a problemas complexos”, declarou.
Transparência
Desde a aprovação até a avaliação dos programas e projetos, há uma garantia de que a sociedade vá controlar todas as fases. A finalidade é contribuir para que o plano seja implementado em sua integralidade, o que deve reduzir ineficiências nos repasses dos recursos pelos parceiros da iniciativa privada, gerando também mais transparência.