Marcos Gabiroba
SOMOS RICOS PELA FÉ VENDO JESUS NAS PESSOAS
Dinheiro gente, não traz felicidade a ninguém – mas alguns só descobrem a verdade dessa frase tarde demais. A riqueza parece uma garantia de estabilidade, mas como Paulo Apóstolo, nos ensina em um trecho da Carta aos Romanos: “Compartilhem os que vocês têm com os santos em suas necessidades”. As crises econômicas comprovam isso: milionários perdem tudo de uma hora para outra e entram em desespero. Suas vidas estavam alicerçadas em suas posses e não sabiam mais viver sem dinheiro e poder. A felicidade se foi – se é que realmente um dia foram felizes. A Bíblia não condena os ricos, mas sim a busca desenfreada pela riqueza; não condena o dinheiro, mas o amor por ele (1Tm 6.10). Para alguns, o dinheiro é um deus: por ele não importa se é preciso prejudicar alguém para ter mais. Esquecem a fé no Senhor, mas não sabem que tudo que têm não pode comprar “um lugar no céu” Não entendem que é possível ser pobre neste mundo e rico para Deus (Tg 2.5) – e experimentar a vida completa com ele. Há cristãos com um talento especial para adquirir e administrar seu dinheiro. O que Deus espera deles? Que repartam o que têm com quem precisa. Deus não dá recursos apenas para nós mesmos – apesar de tentarmos justificar: “Eu trabalhei tanto, eu mereço!” Pensamento egoísta! Quem dele recebe com abundância deve entender que o dinheiro traz consigo a responsabilidade de ajudar aos outros. Quem tem riquezas deve ser rico em boas obras, acumulando para si um tesouro no céu (Mt 6.19-20). Aquele que contribui no sustento da obra de Deus e ainda reparte com os outros demonstra que tem consciência de que tudo vem de Deus e a ele pertence. Precisamos analisar onde está nossa esperança. Se ela está no dinheiro, podemos parecer ricos, mas na verdade somos miseráveis e nem sabemos o que é ser feliz. Mas se a confiança está no Senhor, não há o que temer. Ele nos dará meios para conseguirmos nosso sustento ou então, usará pessoas para esse fim. Não esqueça: Sempre é tempo de buscar a Deus, não importa sua situação financeira. Distribuir riquezas é multiplicá-la – inclusive para si mesmo. Pensem nisso.
Estamos rodeados de coisas que desafiam nossa fé. O mesmo aconteceu com os servos de Deus no passado. Numa sociedade que só pensa em si mesmo e, às vezes corrupta, eles depositaram pela fé toda sua confiança no Senhor. Abel ofereceu sacrifício superior ao do seu irmão; Enoque andou com Deus; Noé foi obediente, Abraão partiu sem saber para onde ia, Sara era estéril e teve um filho. Isaque e Jacó abençoaram seus descendentes (Hb 11). Pela fé José disse tudo que lhe aconteceu tinha um propósito: “Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou um bem”. Todo esse povo viveu pela fé, crendo em Deus, mas não viram o cumprimento da promessa divina. Os cristãos são privilegiados em viver com base na promessa feita no passado. Ela foi realizada na vinda de Jesus ao mundo – Deus visitou seu povo e ofereceu vida eterna. A fé cristã está firmada nessa realização feita por Deus em Jesus. Hoje em dia precisamos também ter fé e enfrentar os desafios diários e as armadilhas de Satanás. Com tantos problemas no mundo, alguns questionam se Deus está realmente vendo tudo o que está acontecendo. Outros perguntam; Porque ele não fala? Tenho a impressão de que os herois da fé citados na Bíblia também fizeram as mesmas perguntas em sua época: “Aproveite o tempo e abra sua Bíblia lendo com fé o Salmo 77”. Com certeza José não entendeu a razão de tanta injustiça e sofrimento, mas confiou em Deus apesar das circunstâncias. No dia a dia de nossa vida somos convocados a afirmar que cremos em Deus, mesmo quando aparentemente ele não fala ou não percebemos seu agir. Perguntaram a um menino como ele sabia que tinha um relacionamento com Deus. Queriam saber se ele tivera uma visão ou ouvira uma voz. Depois de pensar um pouco, ele respondeu: “É como quando você pesca um peixe muito grande. Você não vê, nem ouve o peixe. Mas você sente que ele está agarrado na ponta daquela linha. Eu sinto que Deus está agarrado ao meu coração”. Isso é viver por e pela fé. Viver por fé é confiar num Deus invisível, mas atuante em nossa vida. Pensem nisso. Neste espaço semanal desejo a vocês caros ouvintes apenas dois desejos. Desejo a você duas coisas: tudo ou nada. Tudo que te fortalece e nada que te enfraquece. Tudo o que encoraja a liberdade e nada que te traga infelicidade. Desejo a você nada e tudo. Nada que te traga tristeza e tudo que seja delicadeza. Nada que machuque e tudo que eduque. Desejo a você, caro ouvinte, duas coisas. Tudo o que te faz agradecer e nada que te faça sofrer, tudo o que te faz confiar e nada que te faz desanimar. Desejo a você que nos ouve neste momento, nada e tudo. Nada de falsa aparência e tudo que decorre do fundo da essência. Nada que tenha conotação de futilidade e tudo o que possas construir na vida a partir da humanidade. Desejo a você tudo ou nada. Tudo o que o desperte novas perspectivas e nada que frustre equilibradas expectativas. Desejo tudo de bom e nada de ruim. Nada de dor e tudo que transborde amor. Desejo a você caro ouvinte uma semana abençoada porque você também é um filho de Deus e irmão de Jesus Cristo! Pensem também nisso! A Crônica de hoje é dedicada aos amigos Paulinho Amarelinho, sua mãe e sua família. Estendo também a dedicação ao amigo e companheiro da Catedral, Nazareno e família. Nazareno foi seminarista em Divinópolis e colega de Dom Aloisio Loicheider, ex Arcebispo de Aparecida do Norte e de Fortaleza, no Ceará, assim como o ex colega do Benito Carlos de Andrade, Dom Raimundo Damasceno, ex Arcebispo de Aparecida do Norte, Fundador e Presidente da CNBB, hoje em dia pároco de uma paróquia em Brasília. Estudaram juntos no Seminário Episcopal em Petrópolis, no interior do Rio de Janeiro. “Senhor, que a nostalgia de ontem e a preocupação do amanhã não estraguem o meu hoje; eu coloco a alegria, a humilde e a generosidade em suas mãos de inesgotável misericórdia e infinito amor”, Padre Roque Schineider, S.J.