Tatiana Santos
Trabalhar o corpo, a mente e conhecer pontos turísticos são alguns dos objetivos das pessoas que começam a fazer trilha de bicicleta. A modalidade esportiva consiste em percorrer caminhos em terrenos acidentados, utilizando uma bike especialmente projetada para essa finalidade. Mas para começar a praticar este esporte, não é somente pegar a duas rodas e sair por aí.
Antes de tudo, é necessário informação. Para tanto, João Pedro, gerente da Bike e Cia, de Itabira, esclareceu inúmeros pontos importantes para quem deseja começar a pedalar. De acordo com ele, é necessário ter uma preparação, uma bicicleta adequada para esses exercícios e uma série de estudos para que o veículo de duas rodas possa atender da melhor forma.
Para João Pedro, a ‘magrela’ deve ser direcionada individualmente, ou seja, de pessoa para pessoa: “Eu costumo dizer para os clientes aqui que a bicicleta hoje é como se você estivesse adquirindo um calçado. Você escolhe o modelo, escolhe a cor, mas o tamanho tem que ser para você. A gente dimensiona o melhor equipamento dentro do valor que você deseja investir, para que possa te atender, tanto na locomoção no dia a dia, como também para os passeios, para que você possa fazer uma trilha, para ir até a cidade vizinha”, explana. O gerente ressalta que todas as formas de uso trarão benefícios à saúde e proporcionarão bem estar. O praticante consegue emagrecer andando de bicicleta e também relaxar, como uma terapia.
Adaptações e reforços
João Pedro lembra ainda que, para as trilhas, a bike deve ser específica para a finalidade ou ter adaptações em rodas, correntes e outros dispositivos. Deve ser observada a leveza do veículo e fatores como a ergonomia da bicicleta. “A postura que você fica para fazer força, isso contribui com o desempenho. Você vai conseguir subir mais rápido. Na hora de você descer os morros, as trilhas mais técnicas, você consegue ter uma confiança muito maior a bordo de uma bicicleta própria. E para que a bicicleta seja própria para a trilha, é necessário que ela tenha rodas mais reforçadas para poder aguentar todos os impactos daquela trilha”, exemplifica.
Amortecedores
Além disso, é necessário que tenha amortecedores especiais para poder passar nos obstáculos. A transmissão, por sua vez, a catraca, vai ajudar na redução para o ciclista dar pedaladas leves na hora de subir morros. O mecânico destaca que há diferenças entre aquelas que serão utilizadas na cidade e as que terão uso em morros, e recomenda maior reforço para as bicicletas de trilhas, já que ela passará por muitos impactos e obstáculos. No âmbito urbano, os amortecedores não são tão necessários, mas quando o foco é a prática de trilha, esse dispositivo é essencial.
Assento confortável
O selim (assento) é um item que precisa ser confortável, que tenha uma boa densidade, que seja sustentada durante todo o período do pedal. É importante que se escolha o selim correto. João Pedro salienta: “Tem pessoas que gostam dele mais largo, mais acolchoado. Tem gente que gosta dele mais fininho, mas o selim tem que ser o mais confortável para que você consiga ficar várias horas ali, pedalando e se divertindo com a bike”, encerra.