Tatiana Santos

O mercado de trabalho está a cada dia mais exigente. E para se adaptar a ele, é necessário qualificação. Para auxiliar aqueles que entendem a importância de uma capacitação para o mercado, o Sindicato Rural de Itabira está com uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A partir desta cooperação, as entidades oferecem, a cada três meses, cursos voltados à área.

Nessa segunda-feira (22), teve início um evento em Itabira sobre boas práticas na fabricação de mel e conteúdos apícolas para os produtores do item. A informação é da Agente de Desenvolvimento Rural do Senar, Janete Ferreira, que trabalha no Sindicato Rural. Já nesta terça-feira (23), outra cidade da região recebe um evento voltado à equitação.

Durante todo o trimestre há vários cursos a serem ofertados, tanto em Itabira, quanto em outras cidades, como Passabém, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto, Santo Antônio do Rio Abaixo e Itambé. “Para dentro desse trimestre, eu não vou falar todos os eventos, porque muitos deles acontecem em outras cidades. Mas aqui para Itabira, na semana do dia 30, vão acontecer dois cursos de roçadeira, que é a operação e a manutenção”, descreve.

Os interessados em participar, devem ir até o sindicato e demonstrar que há uma demanda de participantes. Ou mesmo, ligar no telefone 3831-1380, e se informar sobre quais cursos que estão disponíveis.

Investir em qualificação

Para Janete, é de grande importância não somente investir em equipamentos para as propriedades terem desenvolvimento, melhor qualidade e produzir mais. É necessário que os proprietários qualifiquem também seus funcionários. “Eu faço muita questão de levar todos esses eventos exatamente para o meio rural. Os produtores que nós temos aqui, muitos associados, disponibilizam os empregados, os colaboradores para fazerem alguns eventos”, comenta.

Agro indústria

Janete destaca ainda os cursos no setor de agro indústria. Por exemplo, quitandas, queijos. Nesse caso, o curso é de 40 horas, em que o participante consegue fazer queijo coalho, mussarela, requeijão, iogurtes etc. Há ainda os cursos de defumados, defumados suínos de frango. Na Semana do Produtor Rural, no mês de julho, serão ministradas oficinas de vários cursos, com carga horária de 4h a 8h de duração. Os alunos aprenderão a produzir linguiça, salaminho, carne de lata etc. A entidade está preparando o curso de vaqueiro, que segundo Janete, “é extremamente importante para as pessoas terem ali dentro [da propriedade] um funcionário que tenha a noção certa do que fazer ali”.

Público especificamente rural

O foco da entidade é atender ao associado especificamente rural, mas isso não significa que pessoas que não têm ligação com a área não possam se beneficiar de alguns cursos. Apesar de a prioridade ser sempre para o trabalhador/empresário do campo, “às vezes, não quer dizer que a pessoa que não tem um vínculo rural não possa fazer um evento de máquina, por exemplo. Eu só não vou dar uma abertura muito grande, porque eu preciso atender a demanda rural”, esclarece Janete. É importante a conexão com o setor (filho de um produtor, funcionário, um trabalhador do campo ou que goste deste tipo de negócio).