Tatiana Santos
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) já foi um diferencial para entrar no mercado de trabalho. Hoje em dia, sem dúvida alguma, é um item essencial no currículo dos candidatos a uma vaga. Há algum tempo, as categorias C, D e E eram as mais disputadas no mercado de trabalho. Mas, ultimamente, as categorias A e B têm tido muita procura nos centros de formação de condutores. Essa é a afirmação do instrutor Wellington Souza, do Centro de Formação de Condutores Amazonas, em Itabira.
Ele lembra que a carteira de habilitação é um item básico não só para a vida, para o deslocamento, mas para o currículo das pessoas. Se antes, os homens dominavam, hoje em dia, o espaço tem sido ocupado pelo público feminino: “E a gente tem observado muito também que a procura está vindo muito de mulheres. Muito mesmo. Eu mesmo, 80% das minhas aulas durante o dia são para mulheres. E com essa de trabalhar com a carteira, não só no carro pequeno, mas já estão pensando na categoria C e D”, argumenta. Essa realidade é positiva, segundo Wellington, pois no mercado de trabalho, “a cautela da mulher nesse setor tem nível de acidente menor. Ela é mais cautelosa, então, as empresas estão gostando muito”.
Importância da CNH
O instrutor chama a atenção para a importância da CNH para promover independência, e em momentos de emergência, como alguém passando mal em casa, uma pessoa inabilitada não consegue prestar o socorro. Outro ponto é quando a mãe tem crianças ou idosos em casa e precisa levá-los a compromissos. Como mencionado, a habilitação para o mercado de trabalho também é primordial. A CNH ainda reúne dados pessoais, o que diminui a quantidade de documentos.
Dificuldade
É comum as pessoas reclamarem da dificuldade de se conquistar a CNH, mas o instrutor revela que não é tão complicado assim. Em Itabira, há três clínicas de exames médicos psicotécnicos, que conforme defende, é simples de fazer os exames. Se antes era necessário que a pessoa estivesse presencialmente em sala para fazer as aulas de legislação de trânsito, agora, há a facilidade de se assistir às aulas em uma plataforma online. Mas, para ter acesso, o aluno precisa se matricular na auto escola.
O instrutor pontua: “A pessoa marca sua presença. São 45 horas aulas de legislação. A direção, vamos fazer 20 aulas, estando apto a fazer seu exame. Não estando, faz mais algumas”. Normalmente, as auto escolas dão condições facilitadas para o pagamento, como parcelamento em 10x, ou desconto para pagamento à vista, como é o caso da auto escola em que Wellington atua.
Para aqueles que acreditam que não conseguem tirar a carteira, Wellington ressalta que tem uma aluna recém matriculada. Ela tem 62 anos e fez cerca de cinco aulas. Apesar de iniciante, está se saindo muito bem. Outra aluna, também de 62 anos, fez mais aulas e também está dominando muito bem a direção. “Não tem limite de idade, não tem limite de sexo, não tem limite de nada. Aqui a autoescola está para servir todo mundo e ensinar”.
Amor à profissão
Com quase três décadas na profissão, Wellington afirma que ama a profissão que lhe proporcionou ser conhecido na cidade, formar muitos habilitados, fazer várias amizades e receber indicações pelo trabalho prestado com dedicação: “Eu sou feliz demais na minha profissão, no meu trabalho. E esse contato com pessoas é muito gostoso. Isso me deixa muito grato”, resume.
O instrutor costuma dizer que o documento mais importante que a pessoa recebe é a Carteira Nacional da Habilitação, e que já ouviu isso de um médico, dizendo que no dia do exame ao ser aprovado, foi melhor que o diploma de profissão dele. Inclusive, o próprio Wellington recorda de sua alegria ao se habilitar: “Eu lembro que quando eu tirei, por exemplo, quando eu consegui habilitação, foi uma emoção muito grande. E eu sinto isso a cada dia que passa. É uma emoção com os alunos. Os alunos transmitem aquela emoção para a gente.