Tatiana Santos
O Brasil sofreu 1,2 milhão de ataques em dispositivos móveis em 2023 e está em 5º lugar na posição global, segundo o Panorama de Ameaças da Kapersky. Muitas pessoas não possuem conhecimento dos cuidados diante da situação e ficam vulneráveis a ataques cibernéticos, não somente nos celulares, mas também nos computadores e notebooks. O empresário Daniel Rodrigues, é sócio da startup de tecnologia Devsi, em Itabira, que foca em simplificar a informática para empresas e pessoas físicas.
Diante de tantos ataques e roubos via internet, o especialista ensina abaixo como se proteger ao fazer transações bancárias ou compras virtualmente. Daniel explica que a melhor maneira de se resguardar e ficar menos vulnerável é utilizar um bom antivírus. Além disso, evitar entrar em redes wi-fi desconhecidas. “Às vezes, você está num aeroporto, numa rodoviária, um barzinho, está ali conectando. Não só o computador, mas também o celular. Então, o antivírus te ajuda a prevenir esses tipos de ataques”.
O profissional cita dois antivírus gratuitos com boa proteção para o equipamento: o Avast Security e o Kaspersky, inclusive, utilizado em grandes empresas. Ambas têm também versões pagas, que ocultam o usuário em uma rede pública, evitando que pessoas maliciosas tentem capturar informações.
Computador em xeque
Muitas pessoas quando são alvos de ataques por meio de transações em banco, acreditam se tratar de vulnerabilidade nas instituições bancárias, mas o especialista esclarece: “Hoje o sistema bancário brasileiro é muito seguro. Eles instalam o próprio aplicativo deles para realizar essas transações. O sistema bancário, a transação é segura, mas o seu computador não. Então numa dessas, você coloca o seu cartão de crédito em um site para fazer compra, e esquece de tirar esse cartão de crédito. O seu computador está com tanto arquivo acumulado, já está há meses sem receber uma manutenção ou sem segurança, sem antivírus nenhum, já pode ter um vírus instalado, um vírus mais oculto que vai atuar, de fato, capturando essas informações e enviando para a pessoa que está fazendo esse ataque malicioso”, descreveu em detalhes.
Muitas vezes, um vírus passa meses oculto dentro do computador. Assim que se coloca um cartão de crédito ou uma senha, o vírus acaba atuando, enviando essas informações e concluindo o ataque. Ou seja, o problema não é na transação em si. “Vulnerabilidade é uma coisa muito sensível. A gente tem que ter um cuidado maior, principalmente dependendo do que você faz com o seu computador”, alerta.
Compras pela internet
Uma maneira de verificar a segurança do site ao fazer compras, é filtrar se ele é conhecido, confiável e verificar o endereço (URL). Um exemplo, é o Magazine Luiza. O cabeçalho deve constar www.magazineluiza.com.br e não www.magazineluiza.paguebarato, ou www.magazineluiza.compraboa, por exemplo.
Outro ponto é observar se existe o cadeado no canto superior à esquerda onde fica o endereço (URL). O cadeadinho mostra que aquele site tem um certificado de segurança. “Hoje, a gente não pode usar ele mais como um parâmetro perfeito, porque existem muitas outras coisas também que podem, às vezes, só simular um cadeado. Um malicioso também pode falar que o site dele é seguro e não ser. Mas, de fato, é ter esse antivírus, e, às vezes, um profissional para te apoiar nessas horas”, recomenda.