Tatiana Santos
O calor intenso tem fomentado incêndios e queimadas em diversas partes do Brasil, e em Itabira não tem sido diferente. Um incêndio de grandes proporções se alastrou por uma mata na área da Vale no bairro Vila Amélia na noite de ontem e quase atingiu casas naquela região. Graças a equipes do Corpo de Bombeiros e da brigada de incêndio da mineradora as chamas foram contidas antes que residências fossem afetadas. Até o momento, não há informações se o incidente ocorreu de maneira natural ou foi provocado por intervenção humana. De acordo com a Lei 9.605/1998, art. 41, colocar fogo em mata ou floresta é crime ambiental e pode resultar em até quatro anos de prisão.
O sargento Alexandre, do 6º Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar, tem atuação neste tipo de ocorrência e alerta quanto à importância de redobrar a atenção neste período do ano. Nesta época, os dias são mais quentes, com maiores índices de vento, baixa umidade relativa do ar e vegetação mais seca. Esse é um ambiente ideal para o surgimento de focos de incêndio.
No caso de limpeza de terrenos utilizando a queima, o militar recomenda que esta deve ser feita de maneira correta. “O principal que a gente tem que ter em mente é a questão preventiva. De forma alguma fazer limpeza de terrenos ou lotes utilizando fogo. Se a gente for fazer limpeza de um terreno, de um lote, utilizar a capina ou a roçada para evitar qualquer chance de princípio de incêndio”, orienta.
O Corpo de Bombeiros tem uma operação chamada Operação Alerta Verde, que se estende normalmente pelo mês de abril, onde equipes realizam vistorias em lotes vagos e terrenos baldios. O objetivo é fazer levantamento de áreas de risco que no período de estiagem podem propiciar focos de incêndio.
Moradores, produtores rurais e fazendeiros
No caso de produtores e moradores de áreas rurais, os bombeiros orientam sobre o manejo da vegetação em suas propriedades em conformidade com as Lei Estadual e Federal vigentes. “O que a gente sempre foca é na questão preventiva. Que eles façam o aceiro [desbaste em volta da propriedade], e mantenham esse aceiro para evitar que no caso de um princípio de incêndio, ele não se propague para outras áreas”. O método é realizado por meio de capina ou roçada, mas nunca utilizando a queima.
Além disso, a corporação realiza treinamentos com brigadistas voluntários da região e jamais incentiva a cultura da chamada queima controlada, algo comum entre donos de propriedades. “Existem outras formas de os produtores rurais, fazendeiros, ou mesmo na nossa área urbana, nos lotes vagos, ser feita a limpeza deles. A queimada é sempre um perigo”, finaliza o sargento.
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