Em Itabira, crimes pela internet se tornaram mais frequentes após a pandemia

Renato Zanco delegado de Polícia Civil de Itabira

Foto: Tatiana santos / Renato Zanco Delegado de Policia Civil

Tatiana Santos

Todos os dias, tem sido comum notícias de pessoas que caíram nos mais variados tipos de golpes cometidos por meio da internet. E em Itabira, esse quadro negativo também tem feito muitas vítimas, principalmente após a pandemia da covid-19. A afirmação é do delegado do setor de crimes contra o patrimônio, Renato Zanco, lotado na Delegacia Regional de Polícia Civil do município.

Os crimes com maior incidência e que têm feito inúmeras vítimas em Itabira são principalmente as fraudes e os estelionatos praticados via internet, compras de mercadorias vendidas em sites não confiáveis, boletos falsos com informações das vítimas, de maneira que quem recebe o tal boleto por e-mail imagina se tratar de algo lícito e acaba pagando a fatura.

De acordo com o delegado, os dados que os criminosos colocam no boleto são conseguidos pela internet. “Eles enviam esses boletos para o e-mail das vítimas. As vítimas acabam não observando o banco destinatário, por exemplo, e acabam pagando [o boleto], caindo no golpe e perdendo grandes quantias de dinheiro”, lamenta.

Dinheiro “fácil”

Dinheiro este que é o objetivo principal de grande parte dos estelionatários, pois, segundo Renato Zanco, 99,9% dos crimes envolvem ganhos financeiros, onde 70% dos registros de estelionato e furto são mediante fraude na delegacia regional.

Mesmo diante de tantas informações sobre golpistas virtuais, diversas pessoas ainda caem nessas fraudes.  Segundo o delegado, um dos motivos são as possíveis vantagens financeiras, “porque o estelionatário não tem uma conversa franca e reta com a pessoa e promete mundos e fundos. A vítima acaba caindo no golpe dele, ludibriada por uma pretensa vantagem imaginária”.

Dentre as práticas comuns, estão também os crimes praticados pelo WhatsApp (como a clonagem do aplicativo), golpe da relação amorosa (quando a vítima é ludibriada por um pretenso namorado, que mais tarde pede dinheiro), golpe do cartão (o responsável de um banco vai até  casa do cliente e pede para cortar o cartão) e tantos outros.

Precauções

Já que os criminosos desenvolvem suas técnicas a cada dia, só resta às pessoas se prevenirem e não confiarem em tudo, pois como diz o ditado, ‘quando a esmola é muita, o santo desconfia’. A orientação do agente é não é acreditar quando o estelionatário prometer vantagens ou quando quer evitar qualquer contato pessoal. “Mas, caso seja feito o contato pessoalmente, que seja em locais públicos. No golpe do falso boleto, antes de efetuar o pagamento, a pessoa tem que ver o banco, destinatário e se confere com a dívida que ela tem”. Nesse caso, outro direcionamento é procurar o gerente do banco e não fazer pagamentos imediatamente, pois os bancos não costumam enviar e-mails, nem funcionários para pegarem o cartão na casa do cliente.

Se você foi vítima de golpe, é importante procurar a delegacia, na avenida Prefeito Li Guerra, s/n – Praia- Telefone: (31) 3839-2995. O local funciona 24 horas.

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