Tatiana Santos
Entre os meses de março e junho, Itabira respirará arte, cultura e cidadania com o projeto Cidade Viva, numa iniciativa do Instituto Lukinha DDG. O trabalho acontecerá com um amplo cronograma de ações que visam democratizar o acesso aos espaços da cidade, fomentando a participação de diferentes públicos.
O pontapé inicial deste trabalho aconteceu na última quinta-feira (20/03), na Escola Municipal José Gomes Vieira, que comemora 40 anos, numa iniciativa junto a 12 escolas da rede pública municipal. Serão realizadas inúmeras atividades como palestras, workshops, oficinas em diversas áreas, música, empreendedorismo, rodas de conversa, etc.
De acordo com o multiartista e empreendedor itabirano, Lukinha DDG, idealizador do instituto, nesta edição do Cidade Viva, haverá a palestra ‘Arte de Inovar nos Negócios’, terá abordagens sobre economia criativa, sobre capacitação, sobre a importância de empreender, de criar novos negócios por meio da atividade cultural. “Porque eu comecei na atividade cultural fazendo CD, vendendo camisa, vendendo tudo isso. E o negócio se expandiu. Então, hoje, visando novos horizontes, nasceram outras empresas, outros negócios. Então, é um meio de se iniciar”, justifica, ressaltando que no projeto será ensinado como o celular e outras ferramentas podem ser utilizadas para empreender.
O objetivo é dar oportunidade de usar esses recursos focando na economia criativa, de criação de novos negócios, de empreendedores e de conhecimento.

Amplitude
Algumas palestras serão ministradas pelo próprio Lukinha e outras por parceiros que já o acompanham. O multiartista pretende fazer com que essas atividades também cheguem nas distritos de Ipoema e Senhora do Carmo, além de localidades como Pedreira, Santa Marta e Chapada.
“Então, a gente buscou realmente democratizar o acesso e fazer com que, por exemplo, se eu alcançar o Pedreira, eu sei que estou alcançando um bairro muito grande. Lá no Gabiroba, eu estou alcançando. Então, foi bem estratégico também. E são regiões que necessitam também levar esse tema”, adianta.
Dentro do projeto, DDG detalha que o instituto e parceiros atuarão com urbanismo social, do qual se urbaniza ambientes que muitas vezes estão degradados. A ideia é revitalizar os espaços, os deixando mais bonitos e os entregando melhorados para a comunidade.
O projeto é uma contrapartida ao PNAB, idealizado pelo Instituto Lukinha DDG em parceria com a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, a Prefeitura Municipal de Itabira, o Ministério da Cultura e o Governo Federal.
Retorno do Sarau Essência
Dentre as atividades, está o retorno do projeto Sarau Essência, realizado numa parceria entre Lukinha e o rapper itabirano Thiago SKP. O movimento é um dos maiores eventos do hip hop que aconteceram em Itabira, do qual já participaram grandes nomes do rap nacional, como Djonga e Nocivo Shomon, que são alguns dos artistas mais proeminentes do rap na atualidade.
“O Sarau Essência é esse evento que as pessoas vêm o artista ali na internet, muitas vezes têm que ir lá e pagar um ingresso num show, e a gente consegue trazer [os artistas] ali na praça e democratizar o acesso. O Sarau Essência tem essa história muito bonita do hip hop da cidade. Então, ele está de volta”, se entusiasma DDG. volta”. Serão realizadas duas edições nesse semestre, também dentro do cronograma de atividades do Cidade Viva.
Novidade literária
O ano de 2025 reserva outra novidade, com o lançamento do livro do qual Lukinha é autor: “1825 dias entre a razão e a emoção”. A obra já está finalizada, e segundo o itabirano, ele trabalhou por anos em sua produção, sendo “um livro diferente de tudo aquilo que as pessoas podem ler. É um livro criativo, eu faço as pessoas pensarem, quebrarem a cabeça em coisas simples. Mas é bem fantástico também, muita autocrítica pessoal daquilo que somos, daquilo que queremos, do cenário”.
Além do impresso, a equipe grava o filme do livro no mês de abril, produzindo um teaser de chamada. Lukinha afirma que o trabalho está muito interessante, já que ele quer entregar uma leitura diferenciada: “Eu não gosto de fazer o que está todo mundo fazendo, eu gosto realmente de fazer algo diferente, porque é o que precisa. Eu falo que Carlos Drummond de Andrade fez uma coisa diferente lá no passado também que foi muito importante. E a gente precisa fazer coisas diferentes, que é inovação”.
A data principal da divulgação da obra será após a gravação do filme.