Marcos Gabiroba
DEPENDER DE DEUS, TAMBÉM NO TRABALHO?
Quais são as preocupações que atormentam sua via neste fim de ano? O desemprego? A violência nas ruas? Doenças? Existem numerosas situações que acharíamos melhor não existirem, mas muitas delas não dependem de nós para que aconteçam, como o pai de família que se esforça para realizar um bom trabalho, mas mesmo assim não pode impedir o problema geral do desemprego. A mãe pode se preocupar com a segurança de seus filhos vigiando-os o tempo todo, mas mesmo assim não consegue impedir que ocorram alguns acidentes. Fazemos de tudo para não sermos assaltados, até mesmo refugiando-nos numa fortaleza, mas não impediremos que existam ladrões. Podemos dar o melhor dos nossos esforços, mas mesmo assim ainda não será o suficiente – sempre haverá alguma coisa para se preocupar. No texto bíblico: “Lancem sobre ele, ó Deus toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês”, o salmista quer mostrar que as preocupações nos desviam da orientação de Deus em nossa vida. Preocupar-se significa antecipar-se ou ocupar-se com aquilo que ainda não aconteceu.
Quando esse tipo de acontecimento bate em nosso coração, teremos dificuldade em entregar tudo nas mãos de Deus e de confiar nele. Começamos a depender daquilo que achamos poder fazer e esquecemos que existem situações fora do nosso alcance. Segundo o salmista, se Deus não for o construtor da casa, todos os que trabalham para construí-la se esforçarão em vão. Se não é Deus que guarda a cidade, não existirá nenhuma proteção realmente eficaz para ela.
Sem a participação de Deus, todo nosso esforço se torna um ciclo de preocupações, pois nem sempre encontraremos uma saída ou uma resposta para resolver uma situação em nossa vida. Aprender e depender de Deus, pois somente o Senhor pode nos tranquilizar em meio às preocupações que a vida nos traz. Não dependa do que você é capaz, mas do que Deus pode fazer em sua vida. Pensem nisso.
Muitas pessoas pensam que é possível dividir a vida em vários departamentos: família, trabalho, igreja, amigos, sonhos. Mas isso não é possível ao cristão, que tem que ser mesmo em todas as áreas de sua vida. Nelas, Deus tem de ser o Senhor. No texto bíblico: “Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como servindo ao Senhor, e não aos homens”, Ef 6.7. Essa passagem bíblica recomenda-nos a não sermos escravos. Paulo, em sua época via que a escravidão era uma norma. Ele até usa isso para ilustrar a nova condição de cristãos: escravos de Deus (Rm 6.22). Você, caro ouvinte pode pensar que ser escravo nunca é bom, mas servir a Deus é infinitamente melhor que continuar escravizado ao pecado!
Tanto aos escravos como seus donos estavam crendo em Cristo. E agora, como deveriam agir? Apesar de libertos do poder da tendência ao mal, os escravos continuavam na mesma posição social e deviam continuar servindo seus senhores como fariam ao próprio Cristo. Seus donos deviam tratá-los da mesma forma que Deus – sem parcialidade e com amor, lembrando que agora faziam parte da mesma família, a igreja. Que diferença isso deve ter feito no trabalho deles! Na nossa vida cotidiana podemos aplicar isso à nossa profissão, que não está separada da nossa vida cristã – pelo menos, não deveria. Nosso objetivo deve ser sempre dar glória a Deus, conforme nos ensina Paulo em sua carta aos Coríntios capítulos 10, versículo 31, também como profissionais. Será que conseguimos isso, ou nossas atitudes afastam mais ainda as pessoas de Deus?
A Bíblia sempre nos trouxe instruções especiais quanto ao relacionamento com nosso chefe. Jesus. Se Paulo, outrora como cristão foi respeitado ainda mais por isso o nosso trabalho deve ser ainda melhor (1Tm 6.1-2). Não pense você caro ouvinte relaxar no desempenho de suas funções porque seu superior é irmão em Cristo. Se você ainda não conhece o Cristo Jesus, a submissão também é necessária, além de um cuidado especial com o procedimento exemplar, para tornar atraente o ensino cristão (Tm 2.10). Agindo assim, todos saberão que na verdade servimos a Deus em tudo que fazemos e agimos. Trabalho dedicado a Deus tem garantia de qualidade e eficiência. Pensem também nisso.
Para finalizar: “Toda decisão que você toma – toda decisão – não é uma decisão sobre você mesmo e o que você faz. É uma decisão sobre Quem você É. E quando, quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos os eventos, coerências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui”. Lembre-se: Você ainda está vivo. Portanto, viva a sua vida em Deus, para Deus e com Deus sempre!