Tatiana Santos
Considerados parte da família, os animais domésticos têm sido incluídos com frequência na rotina das pessoas. Há até mesmo os termos atuais “pai e mãe de pet”. Apesar de algumas pessoas considerarem exagero ou frescura, para muitos é apenas uma demonstração de carinho com os membros de penas ou pelos.
Essa visão é compartilhada pela veterinária, cirurgiã, diretora clínica e responsável técnica do Hospital Animal de Itabira, Kamila Soares. Ela atua junto ao marido Robert, que é administrador do empreendimento. Para a profissional, esse carinho aos pets não parte apenas dos tutores, mas também dos próprios animais, que acabam demonstrando o quanto gostam de estar perto de seus donos. Ela diz que há casos em que cachorros acabaram salvando seus donos em momentos em que o viram sendo agredidos, ou mesmo, ficaram o aguardando em frente a hospital onde seu tutor foi internado, como foi o caso de um morador de rua mostrado em reportagem recente.
“Os animais estão salvando os donos em função de uma depressão, de uma crise de ansiedade generalizada. A gente vê bastante desses casos. Pessoas que têm problemas visuais, que têm o teu cão-guia”, exemplifica. Kamila ressalta a importância de se observar as necessidades dos animais de acordo com a espécie, já que cada uma tem suas demandas específicas. Ou seja, não adianta fornecer ao bichinho algo que não o atenda.
Vacinas são fundamentais
A especialista em animais destaca ser de grande importância os primeiros cuidados relacionados à vacinação. A primeira imunização é fundamental, já que a grande maioria das internações em filhotes podem ser prevenidas com esse cuidado inicial. Ela ainda avalia que, apesar de muitos veterinários defenderem a vermifugação, esta precisa ser justificada pelo parasitológico. “Concordo, só que com ressalva. Hoje, a gente vê que muitas pessoas ainda não têm esse conhecimento. Muitos animais são adotados, mas a mãe era um animal que tinha acesso à rua, então, não se conhece muitas vezes a procedência daquela mãezinha”, ressalva.
Nesse caso, a recomendação é de que esse animal seja vermifugado, preferencialmente uma, duas semanas antes da primeira vacinação. A orientação é de que seja a polivalente, contra viroses de cães. Dependendo do tipo da vacina, pode ser iniciada a partir de 28 dias. Já no caso da gripe canina, esta pode ser administrada a partir de 21 dias.
Apesar de não ser tão comum, há orientação também quanto à prevenção da raiva: “Após os quatro meses a gente pode estar realizando a vacina antirrábica também, que é fundamental porque é uma zoonose e tem 100% de letalidade”, alerta.
Além de colocar em dia o calendário vacinal, são essenciais os cuidados com a saúde dos pets de maneira geral, assim como evitar que os filhotes tenham acesso à rua até que todo protocolo de imunização esteja completo. “Esse animal precisa terminar a última vacinação aos quatro meses ou mais, que é quando a gente para de ter a influência dos anticorpos da mãe, que podem afetar a eficácia da vacina que está sendo administrada nele. Então, somente após esse período que a gente conclui o protocolo, e aí que esse animalzinho vai poder ter acesso à rua, aí ao banho e tosa, e até à vida social dele”, finaliza a veterinária.
O Hospital Animal de Itabira fica aberto 24 horas e se localiza na Rua Desembargador Drummond, n°5, Campestre- Telefone: (31) 3066-4669