Apasita realiza formatura de 25 alunos do 1º Curso de Libras Básico, nesta sexta-feira em Itabira

Tatiana Santos A Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Itabira (Apasita) encerra o 1º Curso de Libras Básico e realiza a formatura dos alunos que participaram. Este é o primeiro grupo da área da Saúde do município que integraram o projeto. Um total de 25 participantes receberão o diploma. O evento será realizado nesta sexta-feira (24), às 19h, no Miniauditório do Centro Universitário Funcesi. A iniciativa é promovida pela Apasita, numa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e o projeto Valorizar Vale. O projeto envolveu servidores públicos do Centros de Atenção Psicossocial (Caps), dos Programas de Saúde da Família (PSF), agentes de saúde e outros integrantes da área da Saúde. De acordo com a presidente da associação, Enilsa Soares Gregório, apesar da importância desta formação para cada aluno que concluiu o curso, é também uma oportunidade de promover inclusão e incentivar outras pessoas a conhecerem mais da linguagem de sinais. “Um curso básico de libras não vai mudar a vida das pessoas, mas vai abrir portas para que outras venham. Que a gente possa avançar na Língua Brasileira de Sinais, principalmente aqui dentro da nossa cidade, para que a gente possa levar essa acessibilidade para as pessoas”, destacou. Durante o decorrer da capacitação, os alunos realizaram aulas práticas sobre saúde, fizeram diversas visitas, como à Policlínica Municipal de Itabira, aprenderam sinais no contexto da saúde. Desejo de servir aos outros Enilsa é mãe de Pedro Gregório, deficiente auditivo de 26 anos, professor e instrutor de Libras do curso. Ela, que vivenciou de perto os desafios de ser mãe de surdo, arregaçou as mangas e resolveu criar a Apasita em 2016. Como contou, o objetivo era, além de ajudar o filho, também levar informação e apoio a outras pessoas com surdez. Enilsa, inclusive, aprendeu Libras para servir também aos outros. “Para ajudar pessoas que às vezes precisam ir ao médico, resolver algumas questões pessoais em órgãos públicos, que inclusive, não têm essa acessibilidade”, comentou. Enilsa também é mãe de Ana Lívia, de 19 anos, que é ouvinte, ou seja, não tem deficiência auditiva.