O arsênio inorgânico que parece ter saído de um romance criminal de Agatha Christie. Sem cor, cheiro nem sabor, a substância é altamente tóxica e passou despercebida em muitos assassinatos na Idade Média e no Renascimento. Por isso, ficou conhecido como o “rei dos venenos”.
Em grandes quantidades, o arsênio interfere em processos celulares e bloqueia mais de 200 enzimas essenciais para o funcionamento do metabolismo, prejudicando principalmente fígado, rins e sistema nervoso. Nesses casos, a coisa começa parecida com uma intoxicação alimentar, com dor abdominal, náusea, vômito e diarreia em poucas horas. Logo começa uma diarreia com sangue que pode levar a desidratação grave e hemorragia. O coração e o sistema nervoso também podem ser afetados, causando distúrbios nos ritmos cardíacos, insuficiência cardíaca, confusão, convulsões, inchaço cerebral, coma e morte. Se a dose for muito alta e aplicada de uma vez só, é fatal. Mas a intoxicação também pode acontecer lentamente, no caso de exposições crônicas, e causar uma condição chamada arsenicismo crônico.
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