Foto: Tatiana Santos/ Pontal
Tatiana Santos
Após inúmeras ações realizadas em Itabira, a equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) constatou que houve um aumento significativo nos relatos de violência na cidade. A informação é do delegado João Martins Teixeira Barbosa, da 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil do município. Ele também coordena a delegacia que atende às demandas das mulheres vítimas de violência.
Sem citar números ou dados, João Martins, porém, afirma que o aumento na quantidade de relatos se deve às ações de combate junto à população. Dentre essas práticas, estão campanhas de conscientização, que desde o começo do ano estão sendo realizadas.
Conforme explica, além de levar conhecimento à comunidade, o objetivo dessas iniciativas é diminuir as subnotificações, ou seja, aqueles casos que não chegam ao conhecimento das autoridades, em que a mulher não presta queixa contra o agressor. “Recentemente, há um aumento expressivo envolvendo relatos de crimes contra a mulher, o que já era esperado em razão das ações que a delegacia vem fazendo para aproximar a delegacia da comunidade e outros órgãos de proteção”, esclarece.
Têm sido feitas campanhas em escolas, para que os pequenos levem conhecimento aos seus responsáveis, “para educar os pais e familiares, de maneira que essas crianças não venham a reproduzir a violência quando adultas”.
Crimes com maior incidência
Ainda de acordo com o delegado, na cidade há uma grande incidência de crimes como ameaças, lesões corporais, descumprimento de medidas protetivas. Ele alerta que, às vezes, a mulher vivencia a violência doméstica, mas nem sempre se dá conta, não tem consciência da situação. Por esse motivo, a orientação é de que, em caso de dúvida, a possível vítima procure a delegacia para ser orientada, e se for o caso, iniciar um procedimento.
O agente salienta que nem sempre a violência acontece somente por meio da violência física, como tapa, soco ou chute, mas outros crimes são enquadrados nesta categoria. “A Lei Maria da Penha prevê outros tipos de violência, como a sexual, a patrimonial, moral e psicológica. Alguns exemplos são: tomar o cartão de crédito da mulher, espalhar boatos, diminuir a autoestima, ameaçar etc. Tudo isso se enquadra como violência contra a mulher, conforme esclarece.
Endereço:
A vítima que se sentir ameaçada deve procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no endereço: Avenida Prefeito Li Guerra, 1751 – Praia, Itabira- Telefone: 3839-2995.