Engenheiro agrônomo explica sobre a atuação da Emater junto aos produtores rurais de Itabira e região

Tatiana Santos A qualificação de pessoas é muito importante para aqueles que exercem qualquer atividade, e no âmbito do homem do campo também é de grande valia a qualificação. É para isso que existe a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), instituição que presta serviços gratuitos de assistência técnica e extensão rural. A entidade possui uma unidade em Itabira, que é coordenada pelo engenheiro agrônomo Mauro Lúcio Ferreira. São realizadas inúmeras ações, como capacitação, cursos, atuação junto às comunidades rurais. Além disso, todos os anos a instituição participa de eventos agropecuários no Parque de Exposições Virgílio José Gazire. “O principal foco da Emater é a extensão rural. O que é extensão rural? A gente poder organizar a comunidade rural e levar conhecimento, tanto da parte produtiva, quanto da parte organizacional, ambiental, de mercado. Um leque de ações”, descreve. Como explica, a Emater tem um trabalho dinâmico, em atuação com diversos projetos e programas para o desenvolvimento rural de Itabira. Todo o escritório é conveniado ao município, vinculado à Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento. Atua ainda com parceiros, como o Sindicato Rural, IMA, associações de produtores. Atualmente, a entidade conta com três profissionais na linha de frente: dois agrônomos e uma pessoa que trabalha com a área de bem-estar social, de processamento de alimentos, sanitária e na questão ambiental. Evitando o desperdício Não é segredo que o Brasil é rico em extensão territorial e possui um potencial de terra fértil, uma vez que mais de 60% do nosso solo está em condições de aumentar significativamente a capacidade produtiva no campo. A informação é do Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil, publicado pelo IBGE em 2022. E a Emater tem também o papel de auxiliar o produtor rural a otimizar a utilização do espaço agrícola de cada cultura no ambiente adequado. Nesse sentido, é importante citar a cultura do desperdício no processamento de alimentos e o trabalho gratuito da entidade no desincentivo a essa prática. Mauro exemplifica: “A gente sabe que no quintal da propriedade rural sempre tem a hortaliça, fruta. Então, a gente tem uma colega que trabalha muito para aproveitar o alimento, tanto para consumo próprio quanto para venda”. Para receber essas informações, o produtor não precisa desembolsar nenhum valor, já 99% dos trabalhos da instituição são gratuitos. A exceção é para alguns projetos de maior magnitude. Há uma parceria, uma conexão com os produtores. Esse é um estímulo ao homem do campo, pois, segundo Mauro, não adianta o produtor estar sozinho, pois ele se perde no mercado. Quando ele participa de um grupo, se fortalece, faz volume, escala na produção e consegue aumentar sua renda. Atuações no momento A Emater participa do Agrowin, numa parceria com a Acita, a Prefeitura de Itabira, e suporte do Sindicato Rural, além de secretarias municipais. Recentemente, a entidade também efetuou uma campanha de análise de solo, em que os produtores fizeram avaliações dos seus solos para melhorar o plantio para o início do período chuvoso, que é quando começam a plantar. Foi recém-concluído um pedido de coletivo de compra de adubo pelos produtores. “E agora, vamos iniciar, daqui a alguns dias, a abertura da compra de mudas frutíferas para o período também chuvoso. Tem algumas ações trabalhando na parte de rotulagem de produtos processados”, detalha. Uma funcionária está realizando a reforma de praticamente todos os lacres dos produtos processados que são comercializados em Itabira e que são monitorados pela Vigilância Sanitária no município. Foi feito um dia de campo recentemente sobre produção de frutas. Mauro garante que inúmeras ações ainda virão para dar suporte e auxiliar o homem do campo.