Excesso no uso de telas pode afetar até o comportamento das crianças, alerta especialista

Foto: Isac Nóbrega/PR Agência Brasil

Tatiana Santos

A cada dia que passa, crianças, jovens e adultos estão expostos a telas, seja do celular, do tablet, computador e até mesmo da televisão. Mesmo sendo considerado algo normal na atual sociedade, existem riscos quando há excesso no uso desses aparelhos, principalmente entre os pequenos. O psicólogo especialista em comportamento, Alisson Mendonça, que atende em Itabira, comenta sobre o assunto.

De acordo com o profissional, houve um aumento considerável no tempo de uso das telas por crianças, principalmente após a pandemia. Ele ainda afirma que, mesmo com a grande quantidade de informações sobre o assunto, muitos pais e responsáveis ainda não têm consciência de que seus filhos pequenos estão “presos” nas telas. Isso, porque grande parte deles entrega os aparelhos para os filhos para que possam fazer as tarefas domésticas, por exemplo, transferindo a educação dos filhos aos celulares.

O psicólogo explica que quando isso ocorre, os conteúdos podem, de certa forma, impactar até na personalidade do pequeno. “Enfim, há pessoas que fazem porque não têm tempo, e precisam que a criança fique quieta um pouco. Tem aqueles que não estão preocupados, acham que não tem nada a ver ficar um pouco a mais. E tem aqueles que realmente se preocupam, mas não estão conseguindo controlar os filhos, pois eles fazem tanta pirraça e acaba que [os pais] cedem [entregando os aparelhos]”, explica.

Malefícios

Dentre os malefícios das telas na infância, segundo o especialista, está o impacto físico, ou seja, na visão, provocado pelo uso demasiado e sem proteção ocular. A parte comportamental também pode ser prejudicada, a julgar pelo tipo de conteúdo em que a criança é exposta. Ele exemplifica que se exposto a conteúdo violento, existe uma tendência a reproduzir o comportamento de personagens, por exemplo. “Se a criança não tem alguns modelos, princípios e valores já incutidos na sua mente, ela pode desenvolver comportamentos perigosos, antiéticos, como preconceitos”.

Dr Alisson cita ainda os problemas emocionais, como dependência dos aparelhos, problemas na autoestima e necessidade de autoafirmação e até dependência emocional. O profissional lembra que há sim, benefícios quando bem utilizados, já que são ótimas ferramentas para autodesenvolvimento e autoconhecimento, mas é necessário equilíbrio na utilização e controle por parte dos pais ou responsáveis.

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