Autoridades dizem que balão era clandestino; piloto foi preso por homicídio culposo
Um grupo que saiu em excursão de Pouso Alegre, no Sul de Minas, estava no balão que caiu com 35 pessoas na área rural de Capela do Alto, a 130 km de São Paulo, após decolar em Iperó, no interior paulista, na manhã desse domingo (15 de junho). Uma mulher que seria do grupo foi socorrida em estado grave, mas não resistiu. Ela estava grávida, segundo a polícia. Outras dez pessoas foram atendidas com ferimentos leves.
Um balão com 35 passageiros caiu na área rural de Capela do Alto (130 km de SP) após decolar em Iperó, no interior de São Paulo, na manhã deste domingo (15), a cerca de 25 quilômetros de distância.
Uma das vítimas foi socorrida em estado grave e não resistiu.📽️ Reprodução pic.twitter.com/d7lEMz4blt
— O Tempo (@otempo) June 15, 2025
De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, que atendeu a ocorrência, havia 33 passageiros a bordo do balão, além do condutor e de um ajudante. O motivo do acidente ainda será esclarecido, segundo a corporação.
No último fim de semana, a cidade de Boituva, vizinha de Iperó, sediou a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo, mas os voos tiveram que ser cancelados na manhã deste domingo (15) por causa da velocidade dos ventos, que chegou a 70 quilômetros por hora, sendo que o máximo recomendado para a prática é de 10 km/h.
De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Johnny Silva, os documentos do piloto estavam vencidos. “Era um balão clandestino”, disse. Silva também afirmou que o piloto tinha permissão para realizar apenas voos individuais e que a capacidade máxima do balão era de 24 pessoas.
A Polícia Civil de Tatuí fez a prisão em flagrante do piloto do balão, que será investigado por homicídio culposo. Procurada pela reportagem, a empresa Aventurar Balonismo, responsável pelo voo, não respondeu. O grupo que fazia o passeio de balão integrava uma excursão de Pouso Alegre e incluía parentes de um homem que pretendia pedir a namorada em casamento.
Em depoimento ao delegado Edenilson Meira, plantonista da Delegacia Seccional de Itapetininga, o piloto disse que houve uma mudança brusca de condições climáticas, o que levou à perda de controle do balão. Ele, que está preso preventivamente, não apresentou os documentos de habilitação para os voos.
A Prefeitura de Boituva emitiu nota oficial em que lamenta o acidente com “um balão operado por piloto sem licença, de empresa irregular”.
FONTE: OTEMPO