Em uma disputa apertada, a Aliança Democrática (AD), coligação de centro-direita, venceu as eleições gerais de Portugal neste domingo, 10, derrotando o Partido Socialista (PS), que estava no poder desde 2015.
Com mais de 99% dos votos apurados, a AD conquistou 79 dos 230 assentos da Casa, enquanto os socialistas —cujo escândalo de corrupção, em novembro, desencadeou a nova eleição— conseguiram 77 assentos.
O Chega, partido de direita de André Ventura, ficou em terceiro lugar, quadruplicando a sua representação parlamentar com 48 deputados. Antes, a legenda tinha 12 representantes.
As demais siglas de esquerda restantes levaram 13 assentos, a direita 8, e uma sigla independente ficou com uma cadeira.
Líder da Aliança Democrática e presidente do PSD (Partido Social Democrata), Luis Montenegro (foto) disse esperar que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa o convidasse formalmente para formar um governo antes do prazo final, que termina em 15 de março.
Em seu discurso da vitória, Montenegro reafirmou que não planeja incluir o Chega na coalizão do novo governo.
“Eu assumi dois compromissos na campanha eleitoral [não incluir o Chega e só ser premiê se ganhasse as eleições] e, naturalmente, cumprirei minha palavra”, afirmou.
André Ventura e o Chega
O líder do Chega, André Ventura, celebrou o resultado alcançado pelo Chega neste domingo e enviou recados ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
“Esta vitória tem de ser ouvida em muitos locais do país. Tem de ser ouvida no palácio de Belém [residência da Presidência] onde um presidente da República tentou condicionar na última hora o voto dos portugueses”, disse.
“Mas este bom povo português sabia o que queria e que não se deixaria condicionar, e quem escolhe o governo de Portugal são os portugueses e mais ninguém”. Fonte: O Antagonista