Tatiana Santos
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) caracterizou a covid-19 como uma pandemia. No dia 5 de maio de 2023, a organização anunciou o fim da disseminação da doença, o que fez com que muitas pessoas se sentissem um pouco mais aliviadas. Após três anos da descoberta da doença, mesmo após muitos cuidados, vítimas da covid-19 ainda sofrem com os efeitos negativos em seus corpos.
O alergista e imunologista, Dr Délcio Lima, explica os cuidados que o pós-covid exigem. O imunologista avalia que através das imunizações, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), foi possível reduzir mortes. No entanto, ressalta que os cuidados devem permanecer, e que diante de sintomas gripais, quando não é possível distinguir se o quadro é de gripe ou covid, as pessoas devem utilizar máscara, lavar as mãos e utilizar álcool em gel. “Tudo aquilo que foi ministrado na época da pandemia continua de grande valia”, orienta.
Dentre as sequelas frequentes do pós covid citadas pelo médico, estão os problemas pulmonares, o que acaba comprometendo atividades básicas do dia a dia, como subir escadas ou morros, praticar exercícios físicos. Outro sintoma visto constantemente no consultório é a perda de memória, em que as pessoas não têm mais a mesma agilidade neurológica. A perda ou diminuição do olfato e do paladar também estão no topo das reclamações entre os pacientes.
Idosos exigem mais atenção
O alerta de Dr Délcio é especialmente para os idosos, que já têm uma imunidade menor para combater quaisquer enfermidades. “Eles devem ainda tomar mais cuidado, mesmo vacinados com quatro, cinco doses, ter um cuidado muito especial, pois o organismo não possui o mesmo combate contra as doenças”. Dentre as doenças mais graves que a população idosa pode desenvolver estão as pneumonias e as isquemias cerebrais, como o AVC isquêmico (derrame), o que exige ainda mais atenção.