Tatiana Santos
O prazo para inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se encerrou nessa sexta-feira (14). A avaliação é uma porta de entrada para as universidades, portanto, almejada por milhões de jovens. De acordo com o professor e coordenador pedagógico Hércules Avancini, que leciona em Itabira, o Enem democratizou o acesso dos estudantes às universidades, principalmente, as federais.
O educador recomenda, inclusive, que aqueles que ainda não concluíram o terceiro ano do Ensino Médio, vale a pena participar da prova como treineiro, para testar habilidades, até mesmo para lidar com a pressão do exame. “O Enem é mais do que conteúdo, é mais do que prova, mais do que marcar x. Ele tem uma situação que nos leva ao campo do emocional, até do físico. Uma prova que exige uma resistência física, uma programação mesmo para você fazer uma boa prova”, destaca.
Temas prováveis da redação
Detentora de um peso importante no Enem, a redação é um dos focos dos estudantes, e há sempre muita ansiedade sobre o possível tema. No entanto, não é uma receita de bolo, e o professor ressalta que a redação é produto de uma técnica, ou seja, exige determinado formato, que é o texto dissertativo argumentativo. O segredo é que o candidato conheça, por exemplo, as questões da atualidade, mas que também consiga linkar com aquilo que estuda na escola ou em casa, lendo livros, vendo filmes, para se sair bem na hora de escrever.
“Não fique nessa tentativa de descobrir o tema. Muito pelo contrário, exercite a sua condição de escrever sobre qualquer tema. É óbvio que é importante considerar o seguinte, que se a gente considerar os temas das redações dos Enem’s anteriores, você vai percebendo algumas questões”. Essas questões normalmente são temas de caráter social, como discriminação, preservação ambiental, proteção animal etc.
Correção da redação
Algo considerado inadmissível ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que corrige a redação, segundo Hércules, é escrever o texto com qualquer manifestação discriminatória. Seja de ordem racial, de gênero, dirigida a qualquer minoria, isso se configura em manifestação criminosa e zera a prova.
O professor salienta que o sistema de correção do Enem é diferente de uma sala de aula, em que, quanto mais se acerta, maior a nota. A explicação é a seguinte: depois que o Inep processa todos os cartões de resposta (gabarito), o sistema começa a identificar qual foi, por exemplo, a questão mais acertada pelos candidatos. O que isso significa? Que aquela vai ser a questão de menor peso, que vale menos. Enquanto que aquela que teve menor número de acertos tende a ter mais valor. Feito isso, o sistema de correção verifica eletronicamente o gabarito, aluno por aluno.
“Nesse sentido, o que eu acho que é bem válido? Seja o mais regular possível. Tenha muita calma na hora de fazer essa prova. Não se agite demais nas questões pequenas e fáceis. Faça com a mesma responsabilidade que você vai aplicar nas questões maiores e também mais difíceis. Então é assim que funciona a correção”, orienta o professor.
Resultado
O gabarito da prova será liberado no dia 20 de novembro. O aluno faz as correções, acompanha por canais no YouTube. No dia 13 de janeiro 2025 é divulgado o resultado final.