Tatiana Santos

Itabira receberá a escolinha oficial do América Mineiro, numa iniciativa do ativista social e vereador Ronaldo Meireles, conhecido como Capoeira, dentro do Projeto Belacamp. As inscrições aconteceram entre os dias 16 e 17 de janeiro, no galpão do Parque Belacamp. O projeto contemplará gratuitamente 200 atletas, entre crianças e adolescentes, meninos e meninas com idades de 5 a 17 anos. Capoeira defende que além de ser um projeto social, a iniciativa pode gerar a oportunidade de ser o pontapé para uma criança jogar em um grande clube.

A empresa Solum custeará o uniforme, meião, chuteira dos alunos. Segundo Capoeira, que é o responsável pelo projeto, assim que chegar ao número de inscritos, o processo de inscrições será encerrado. “Nós vamos contabilizar as inscrições e assim que contabilizar todas, nós vamos estar fazendo um grupo no WhatsApp com os responsáveis para manter todo mundo informado”, explicou.

De acordo com Ronaldo, inicialmente, o projeto é voltado apenas para o público itabirano, com abrangência nos bairros Pedreira, Belavista, Nova Vista, Nossa Senhora das Oliveiras, Santo Antônio, São Francisco, Penha, Vila Cisne, Vila Paciência, Praia, Juca Rosa e Centro.

Andamento

Capoeira ressalta que assim que se alcançar o número de inscritos, serão enviados a Belo Horizonte o número de uniformes a serem confeccionados, as chuteiras e suas numerações. Em seguida, serão realizadas reuniões para iniciar o projeto na prática. Não haverá uma seletiva para a escolha dos atletas que integrarão a escolinha. “Na verdade é que não vai existir uma peneira, entendeu? Vão ser treinos. Vão ter lá os professores, o Mauricinho, o Glauber, o Vandinho, que já têm o projeto lá no Belacamp. Não é uma seletiva, na verdade. A ideia é que seja um projeto social, para ensinar mesmo a garotada a jogar bola, quem gosta”, explica, lembrando que não é necessário que os alunos já cheguem com conhecimento de futebol.

Ainda conforme esclareceu, apesar de ter a chancela de um grande clube de futebol profissional, os treinadores defendem que o mais importante é formar o cidadão, já que nem todos vão virar atletas. E para tentar viabilizar a ida das crianças ao local dos treinos, existe uma conversa entre Ronaldo e a Solum para o custeio do transporte, no entanto, essa questão ainda não está 100% acertada.

Bom de bola, bom de escola

Por fim, para incentivar os atletas a seguirem na escola, uma das exigências para integrar o projeto é que a criança ou adolescente esteja devidamente matriculada no ensino público e frequentando as aulas, com comprovação da instituição de ensino. “É uma forma da gente incentivar a criança a estudar. E se a criança não estiver matriculada, ela não tem como participar do projeto. Um dos requisitos maiores aí é esse, de a criança estar matriculada, estudando, e de tempo em tempo, trazendo o boletim também. Porque tem que ser bom de bola, mas tem que ser craque na escola”, disse, de maneira incisiva.