Tatiana Santos
A itabirana Rosilane Gonçalves Barbosa Corradi (Laninha), lançará a segunda edição do livro póstumo “Eternamente Poeta” no próximo dia 3 de novembro, às 20h, no Centro Histórico de Itabira. A obra é um compilado de poemas do irmão de Laninha, Roni Gonçalves Barbosa, falecido há exatos 20 anos. Em vida, o itabirano deixou mais de duas centenas de escritos, que relatavam seus sentimentos diante de situações cotidianas, saudades da infância e seus pensamentos mais profundos.
A primeira edição do livro foi lançada há cerca de duas décadas em Itabira. O lançamento desta segunda edição acontecerá dentro da programação do III Festival Literário de Itabira (Flitabira), com tiragem de 1 mil cópias. A obra conta com a impressão dos poemas com a letra do próprio autor, datados e assinados.
A irmã do autor esteve no programa Conexão Regional, na rádio Pontal, e contou sobre a vida do irmão e a obra que ele deixou. De acordo com Laninha, Roni mantinha o desejo de eternizar seus escritos, mas morreu em um trágico acidente de carro em 2003, aos 29 anos. Há, inclusive, um poema deixado por Roni relatando sobre sua “passagem”, a forma como morreu. O texto foi nomeado pelo autor como ‘Fui’. Laninha o descreveu: “E é lindo [o poema]. Da mesma forma que é triste, é suave, e deixa um consolo na gente. As palavras que ele usa no poema deixam a gente confortável. De todos os poemas que ele fala, até relacionado à morte, deixa conforto”, disse Laninha, em referência ao escrito.
Emoção
Laninha contou que os poemas foram encontrados por ela pouco tempo depois da morte do irmão e que ao fazer a leitura, ficou muito emocionada pela profundidade. “Muitas pessoas perguntam se ele era espírita, mas ele gostava muito de ler. Até os amigos dele o chamavam de cientista maluco. Mas, no decorrer da vida, a gente vai estudando e percebe que realmente, ele acessou algo maior, ele acessou o inconsciente coletivo. Quem lê os poemas dele, vê a sensibilidade, a forma que ele escrevia os poemas”, confidenciou. A itabirana recitou diversas poesias que constam no livro e o desejo de que a obra do irmão consiga chegar à inúmeras pessoas. Roni morou em Itabira até a adolescência e foi para Belo Horizonte estudar. Se estivesse vivo, estaria com 49 anos, completados em 12 de outubro.
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