Adriana Catarina Ramos de Oliveira foi filmada atacando homens onde mora, em bairro nobre da capital paulista
A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61, foi filmada ofendendo três homens gays nesta segunda-feira (16/06) — dois dias após chamar um indivíduo de “bicha nojenta” no shopping Iguatemi, em São Paulo, e ser presa. O caso desta vez foi registrado no condomínio onde a mulher vive, no bairro de Higienópolis, bairro nobre da capital.
Segundo relato das vítimas, o ataque ocorreu no saguão do prédio. Ao ver os homens, Catarina teria começado a ofendê-los com termos homofóbicos e fazer suposições sobre os hábitos sexuais do grupo.
Vídeos gravados pelos ofendidos mostram a agressora os chamando de “boiolas” e “gaiola das loucas”, referência ao filme LGBTQIAPN+ de Mike Nichols.
Catarina ainda faz insinuações sobre sexo, dizendo que os homens “querem dar o c.” e têm relações “a noite inteira”. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou a jornalista para uma delegacia. Ela prestou depoimento e foi liberada. Os agredidos devem prestar uma queixa-crime.
“Foi um momento extremamente constrangedor e humilhante, que nos expôs de forma cruel e injusta”, diz Gustavo Leão.
Do domingo (15/06), Catarina conseguiu a liberdade provisória subordinada a medidas cautelares. De acordo com o Tribunal de Justiça, ela deve comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades, assim como eventual atualização de endereço. Ela está proibida de frequentar o shopping Iguatemi, onde os fatos ocorreram e a vítima trabalha, segundo o tribunal.
A jornalista também não pode se ausentar da cidade por mais de oito dias sem comunicação prévia. Se ela descumprir as restrições, pode voltar imediatamente à prisão.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa da jornalista. Adriana não respondeu às mensagens enviadas em sua rede social.
Em sua conta no Facebook, consta que ela é de Campinas, interior de São Paulo, e se formou em jornalismo na PUC-Campinas. Nas redes sociais, ela mescla comentários sobre notícias, política e mensagens religiosas.
FONTE: OTEMPO