O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) do ano, realizado entre os dias 15 e 19 de janeiro e divulgado no dia 25 de janeiro, apontou que a situação em Itabira é bastante grave. O Índice de Infestação Predial (IIP) é de 12,8%, o maior já registrado na cidade. Para o Ministério da Saúde (MS), índices superiores a 4% representam alto risco de surto de contaminação pelas arboviroses.
A pesquisa foi realizada em 1.757 imóveis da área urbana. O levantamento também apontou que mais de 80% dos focos estão nos domicílios e seus entornos. A porcentagem de criadouros com maior incidência de focos são: 39% em recipientes plásticos, garrafas e latas; 33,4% em recipientes móveis (bebedouros e vasos de plantas); 9,1% em pneus; 8,4% em depósitos fixos (ralos e tanques) e 5,9% em depósitos em nível do solo (caixas d’água e tambores).
Algumas medidas simples ajudam no combate: tampar tonéis e caixas d’água, manter as calhas sempre limpas, deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo, lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, limpar com escova ou bucha os potes de água para animais e retirar a água acumulada atrás da máquina de levar e da geladeira, são algumas das atitudes que todos devem proceder.
A SMS solicita à população que denuncie sobre locais onde há focos do mosquito por meio do Disque Dengue: 3839-2600 ou 3839-2643.
Ambulatório para casos de dengue
Em meio a uma das piores crises epidemiológicas de dengue já registradas, a Prefeitura de Itabira implantou um novo ambulatório no Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) exclusivo para casos de dengue e outras arboviroses. O espaço começou a operar na semana passada, e atenderá pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo Pronto-Socorro Municipal de Itabira (PSMI), todos os dias da semana, das 10h às 22h.
O ambulatório é voltado para os pacientes classificados como grupo B (doentes sem sinais de alerta ou de gravidade) mas que apresentem sangramento espontâneo ou induzido, que tenham condições especiais de saúde ou comorbidades. O serviço é composto por médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem, que farão o tratamento dos doentes com hidratação venosa e oral, além de medicação para aliviar os sintomas da dengue e realização de exames. A implantação do ambulatório busca aumentar o número de atendimentos e agilizar a reavaliação de alguns casos.