O maior queijo Minas do mundo, produzido em Ipanema, no Vale do Rio Doce, será cortado e oferecido para degustação gratuita neste domingo (15/12). O evento vai ocorrer na Igrejinha da Pampulha a partir das 10h.
Com 1,80 m de diâmetro, 85 cm de altura e pesando duas toneladas, o queijão começou a ser feito na segunda-feira (9/12) pelo Laticínio Dois Irmãos, de Ipanema, e chega a BH no domingo pela manhã. A princípio, ele foi produzido com 1,20 m de altura, mas, para transporte seguro até a capital mineira, foi cortado.
“É uma ‘bitela’ mesmo”, diz, com bom humor, a secretária Municipal de Comércio, Indústria e Turismo, Ana Carolina Alencar, sobre o queijo.
Apesar de ser enorme, o queijo é menor do que a versão consagrada com o recorde de maior laticínio em junho deste ano: apresentado na tradicional Festa do Queijo, em Ipanema, o queijo pesou 2.800 kg.
Ao lado do caminhão de distribuição, haverá também um estande com divulgação da Festa de Queijo de 2025, marcada para julho. Para o ano que vem, o plano é superar o recorde alcançado em 2024.
Após o corte do queijo, vai ocorrer, a partir de 11h, um show do violinista Marcus Viana.
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
Os tradicionais “Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal” foram reconhecidos, no dia 4 de dezembro, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A decisão foi tomada durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Assunção, no Paraguai. Trata-se de um título inédito, no Brasil, para a cultura alimentar.
Um dos principais nomes à frente da iniciativa, o secretário de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), Leônidas Oliveira, comemorou com entusiasmo o resultado. “É um marco histórico que une pertencimento, valoriza a cultura mineira e impulsiona o turismo sustentável no estado.”
Para o titular da Secult-MG, o queijo, com seus sabores únicos e modos de fazer transmitidos de geração em geração, representa um símbolo profundo da mineiridade. “O título fortalece a identidade mineira e promove um sentimento de orgulho coletivo nas comunidades produtoras, que se tornam legítimas guardiãs de um patrimônio global. Mais do que um alimento, o queijo reflete a relação dos mineiros com o território, a tradição e os valores comunitários”, explicou Leônidas.
Culturalmente, o reconhecimento internacional enaltece saberes e práticas que integram o cotidiano rural e urbano, colocando Minas Gerais como referência global em sustentabilidade e criatividade. O título, conforme o texto oficial da candidatura, valoriza não apenas o produto, mas toda uma cadeia de tradições, histórias e modos de vida que definem o estado, ressaltando que a produção artesanal do queijo é parte fundamental da diversidade cultural brasileira.
Fonte: Estado de Minas