Tatiana Santos
O final de semana passou, e com ele, muitas pessoas já iniciaram a segunda-feira com fadiga, dor de cabeça, náusea e outros sintomas típicos da ressaca. E para servir de alerta quanto aos riscos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas, na última quinta-feira, 28 de fevereiro, foi lembrado o Dia da Ressaca.
Vinho, cerveja, vodka, tequila, whisky e várias outras bebidas compostas por teor alcoólico, se consumidas exageradamente, causam sintomas típicos, como relata Bianca Santos, nutricionista do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) em Itabira.
De acordo com a profissional, o álcool presente nas bebidas é uma substância tóxica e prejudicial à saúde. Em 15 a 30 minutos essas substâncias serão absorvidas pelo organismo, chegando rapidamente na corrente sanguínea e demorando muito para serem eliminadas, levando toxidade ao corpo. O resultado são os efeitos colaterais, como fraqueza, enjoo muitas vezes seguido de vômitos, dor de cabeça persistente (enxaqueca) e sede intensa, gerando vontade de urinar.
É bastante comum que nessas situações onde há incômodos estomacais, a pessoa tenha vontade de vomitar. Bianca explica que, como a ingestão de álcool tem muito contato com a região estomacal, esse desconforto é normal. Quando ocorre o vômito, existe uma sensação de alívio. “Quando vomita, por esvaziar o conteúdo que está no estômago, você vai jogar esse conteúdo fora, vai melhorar um pouco essa sensação. Mas é importante lembrar que não é recomendado forçar o vômito. Como a gente já vai estar desidratado, o vômito vai acabar eliminando muito mais líquidos, então a gente vai desidratar mais”, alerta.
Bebidas isotônicas
Como há uma desidratação no estado de ressaca, com o organismo eliminando líquidos, automaticamente são descartados também os sais minerais, como sódio, cloreto e potássio, e as vitaminas por meio da urina. “As bebidas isotônicas também vão ajudar, pois elas são ricas nessas substâncias”, diz Bianca, ressaltando que, no entanto, não é o caso de “sair correndo de casa para buscar um isotônico”, já que essas vitaminas podem ser encontradas em alimentos, como frutas e água de coco.
Hidratação é a palavra-chave
Um item em especial se mostra importante neste processo: a água. Seja antes da ingestão de bebida alcoólica, durante o consumo, e depois, para reaver a hidratação e evitar a ressaca. “Uma outra dica é não ingerir bebida alcoólica, de jeito nenhum, de estômago vazio, pois quando nosso estômago está vazio, seja bebida alcoólica ou alimento, vai absorver muito rápido. E como o álcool já é absorvido rápido, ele vai absorver mais rápido ainda”, orienta.
Sem uma alimentação prévia, a pessoa se embriaga de maneira mais imediata, haverá aumento nos efeitos colaterais da ressaca e uma piora dos sintomas. Para evitar que isso ocorra, a recomendação é que antes de beber, se faça uma alimentação rica em fibras, proteínas, como sanduíches naturais, iogurte natural com frutas e granola.
Alimentação
Para ajudar o fígado a eliminar o álcool do organismo, é imprescindível focar na reposição dos carboidratos perdidos, com a ingestão de frutas, como banana, manga, maçã. As hortaliças, como batata, batatas doce, abóbora, que também são excelentes aliadas, assim como as saladas coloridas bem coloridas. “Uma dica que também é importante, é não exagerar, afinal de contas, não tem uma quantidade mínima ideal de bebida alcoólica. Beber não é recomendável, beber não vai trazer benefícios para a sua saúde, só vai trazer o benefício social, mas para sua saúde, seu fígado, seu rim, coração, cérebro, não vai fazer bem”, deixa a recomendação.