Antes de matar Melissa, o suspeito entregou uma folha com algo escrito; sepultamento será na manhã desta sexta-feira (9)
A adolescente Melissa Campos, de 14 anos, morta a facadas por um colega de classe na tarde desta quinta-feira (8 de maio), chegou a ser socorrida pelo próprio pai. O familiar da menina é funcionário do Colégio Livre Aprender, local onde ela foi atacada, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O velório está marcado para a noite desta quinta-feira.
Conforme registrado na ocorrência da Polícia Militar (PM), a garota estava em sala de aula quando o suspeito se aproximou, entregou uma folha com algo escrito e, em seguida, sacou uma faca e a golpeou três vezes.
Os demais alunos da sala ficaram assustados com o ocorrido e saíram para pedir ajuda. O pai de Melissa foi até ela para prestar os primeiros socorros. Um outro funcionário, então, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma equipe da unidade de suporte avançado foi até a instituição e constatou a morte da menina.
Fuga
O suspeito fugiu da escola após esfaquear Melissa, levando sua mochila. Ele foi localizado às margens da AMG-2595. Ao ser abordado, não esboçou reação e foi apreendido. Questionado sobre o paradeiro da faca, afirmou que havia deixado a arma cravada em uma árvore. Os agentes foram até o local indicado e fizeram a apreensão.
O adolescente foi levado para a delegacia de plantão de Uberaba, acompanhado do pai.
Despedida
O velório de Melissa Campos terá início às 22h30 desta quinta-feira (8) na Igreja Presbiteriana de Uberaba. O culto fúnebre está previsto para as 7h desta sexta-feira (9 de maio), e o sepultamento está marcado para as 8h.
O pastor da Igreja Presbiteriana de Uberaba, Victor Hermogenes, afirmou que todos estão “dilacerados”.
“A tragédia é real. A notícia não era fake news. Não foi engano. Como eu gostaria que tudo fosse um pesadelo, mas não é. Até quando, Senhor? Até quando pais e mães sepultarão seus filhos? Até quando teremos que lidar com dramas profundos que afetam adolescentes cada vez mais cedo? Até quando suportaremos as aflições e notícias tão ruins?”, questionou.
O líder religioso ressaltou a incredulidade diante da morte de Melissa. “São tantos pensamentos que passam por nossa mente. Afinal de contas, poderia ser eu, poderia ser você vivendo esta dor”, complementou.
FONTE: OTEMPO