Tatiana Santos
Recurso essencial em casos de deslocamento de urgência a vítimas em diversos tipos de ocorrências, o helicóptero Arcanjo, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, desempenha um papel de salvar vidas. Mas, de nada adiantaria um bom aparato, se por trás dele, não estivesse um profissional de excelência.
Exemplo disso foi o atendimento a um jovem de São Sebastião do Rio Preto, que foi trazido ao Pronto-Socorro Municipal de Itabira nessa quarta-feira (10/04), e encaminhado com rapidez pela aeronave até Belo Horizonte nesta quinta-feira (11).
Quem é responsável por conduzir o helicóptero até seu destino é o tenente Victor Shirm, piloto que esclareceu algumas finalidades da aeronave. De acordo com o profissional, além de agilizar os atendimentos, o Arcanjo se faz necessário quando a situação precisa que os bombeiros cheguem em locais em que não é possível alcançar por terra. “Com certeza a aeronave Arcanjo é um recurso indispensável para a gente, não só realizar um atendimento mais rápido, com a urgência necessária, mas também acessar locais, às vezes, que uma equipe terrestre não consegue alcançar. Então, é um recurso indispensável”, argumentou. Para o tenente, o helicóptero é essencial para entregar algo fundamental à população, ou seja, voar para salvar vidas.
Muita bagagem
Apesar de jovem, o piloto tem bagagem. Com uma experiência de 10 anos no Corpo de Bombeiros, tenente Victor atuou em diversas atividades em outros municípios. Ele chegou para compor a equipe na esquadria Arcanjo em 2021. Com muita humildade, o piloto afirma que de lá para cá, está sempre aprendendo e contribuindo para realizar o melhor trabalho, da melhor maneira que pode.
Além do macacão laranja
Os bombeiros atuam em ocorrências complexas, complicadas, tensas e até emocionantes. O foco é, com bravura, socorrer a todos que precisam, sempre buscando preservar a vida. Mas, além do macacão laranja, existe um ser humano que se entristece quando uma vida se perde durante o atendimento. E também se alegra quando o salvamento é bem sucedido. “Eu acho que a sensação é de maior gratificação possível. A gente conseguir olhar no olho da pessoa que está sendo resgatada, e sentir que, às vezes, em alguns momentos a gente era o último recurso ali, e mais nada poderia ser feito. A gente chega e muda a vida da pessoa, não tem nem palavras”, descreveu.
Em família
Apesar de os bombeiros serem considerados heróis pela sociedade, no caso do tenente, na família os assuntos nem sempre são o trabalho dele. Mas, isso não quer dizer que os familiares não se orgulham de sua importante profissão. Detalhes de ocorrências não são detalhadas por ele aos entes. “Mas, de forma geral, a gente conta uma coisa ou outra. Com certeza, a família sente aquele orgulho, não é? Essa sensação de gratificação acaba irradiando para todos os entes queridos. Todo mundo acaba sentindo. A mãe que criou, o pai que criou, acabam sentindo ali que também fizeram algo pela população, algo a contribuir”, afirmou o jovem piloto.
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