Na última segunda-feira (10), a cantora Lexa, conhecida por sua atuação como Rainha de Bateria da Unidos da Tijuca, compartilhou uma triste notícia com seus fãs: sua filha Sofia faleceu na quarta-feira (5), três dias após o nascimento. A morte da pequena Sofia pode estar relacionada a complicações geradas pela pré-eclâmpsia, uma condição que a cantora desenvolveu durante a gestação.
Lexa foi diagnosticada com pré-eclâmpsia precoce aos seis meses de gravidez, e seu quadro evoluiu para a síndrome de HELLP, que envolve hemólise (destruição das células vermelhas do sangue), aumento das enzimas hepáticas e queda nas plaquetas. Essas condições geram sérios riscos à saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Segundo dados da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a pré-eclâmpsia afeta de 5 a 8% das gestantes e geralmente se manifesta a partir da 20ª semana de gravidez. A principal característica da doença é o aumento da pressão arterial, que pode causar sintomas como inchaço excessivo, dores de cabeça fortes e a presença de proteínas na urina. A perda de proteína pela urina pode comprometer o funcionamento de órgãos vitais, como o fígado e os rins, e aumentar o risco de sangramentos devido à redução das plaquetas no sangue.
Além disso, a pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, que é uma forma mais grave da doença e pode causar convulsões, representando risco tanto para a vida da mãe quanto do bebê.
De acordo com a ginecologista Fernanda Nunes, especialista da clínica Atma Soma, ainda não se sabe a causa exata da pré-eclâmpsia. No entanto, acredita-se que a condição seja desencadeada por fatores como alterações nos vasos sanguíneos e pela resposta imunológica da mãe ao bebê.
Essa triste situação serve como um alerta sobre a importância do acompanhamento médico durante a gestação, especialmente para mulheres com fatores de risco para complicações como a pré-eclâmpsia.
FONTE: infomoney