Tatiana Santos
Dar é melhor do que receber. Essa frase é muito verdadeira quando se trata de fornecer conhecimentos para aqueles que buscam. É exatamente nisso que se baseia o projeto ‘Arte na mão, cor no coração’, criado pela artesã itabirana Sara Sandra Dias, que está na área do artesanato há cerca de 15 anos. As oficinas são ministradas por ela, que fornecerá conhecimentos sobre vários tipos de técnicas e tudo aquilo que aprendeu ao longo de sua carreira.
A ação oferece oficinas gratuitas em diversos bairros de Itabira, como Gabiroba, Santa Ruth, São Pedro, Jardim das Oliveiras e Madre Maria de Jesus. Em cada oficina são 10 vagas, onde serão ensinadas quatro técnicas de artesanato, como por exemplo, pinturas, costura no fuxico, decapagem. As aulas acontecem todas as terças-feiras, até o final de março, de 13h às 17h. O primeiro curso teve início nesta terça-feira (14/01).
Além de comunidades da cidade, as aulas acontecerão na região central, nos pontos turísticos e de cultura. As inscrições estão sendo realizadas através do FORMULÁRIO que está disponibilizado no Instagram do projeto: @labateliercriativo, assim como as informações necessárias. O foco das oficinas são mulheres com idades acima de 18 anos.
Além do artesanato
O projeto foi inserido no Fundo Municipal de Cultura de Itabira, o que possibilita levar as oficinas para diversos locais. O objetivo é que o treinamento seja um momento não somente prazeroso, mas também de geração de oportunidades para as participantes. “A minha ideia é que as jovens ou mulheres mais velhas queiram fazer do artesanato uma fonte de renda, ou aquelas também que querem fazer oficinas de artesanato por um hobby, por uma terapia”, esclarece.
A itabirana diz entender que além de sua profissão e sua fonte de renda, o artesanato é muito mais que isso: é motivação, pois, através dele, muitas outras mulheres, às vezes enfrentando depressão, conseguem se motivar e terem momentos de alegria, fazendo algo diferente.
O início
Sara conta que começou a trabalhar com artesanato atuando com o EVA, material sintético, flexível e emborrachado, em decoração de festas. Com o passar dos anos, ela viu a necessidade de melhorar o que já fazia e buscar outras técnicas diferentes. Segundo a artesã, desde que iniciou na área, muita coisa mudou em sua vida. “Eu não nasci artesã, eu sempre fui lojista, trabalhei no comércio, fui comerciária por mais de 15 anos. Então, quando meu filho tinha 10 anos de idade, ele falou assim: ‘mãe, vamos fazer uma boneca de EVA?’. Eu falei que não sabia fazer”, diz.
Mas ela foi atrás de conhecimento, e por meio da internet começou a aprender, no ano de 2010, e se desenvolveu. Desde então, isso se tornou sua fonte de atuação e renda, e ela passa seus conhecimentos a outras mulheres.