“Queremos mostrar para a sociedade que nós existimos”, diz organizador da 2ª Corrida Rara de Itabira
Tatiana Santos A feira livre será palco para inclusão e visibilidade a portadores de mais de 8 mil doenças raras, com a 2ª edição da Corrida Rara de Itabira, que acontece no dia 17 de setembro. O evento é promovido pelo Max Instituto e será realizado de 8h às 14h, no Espaço Multiuso – Etelvino Avelar (Feira Livre dos Produtores Rurais). Toda a renda será revertida para a compra de equipamentos de saúde para atender às necessidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itabira (Apae). Criador e organizador da corrida, o dentista Max Cota, participou do programa Conexão Regional, na rádio Pontal, nesta quinta-feira (31) e deu detalhes sobre a competição. Ele explicou que o evento pretende estimular pais de crianças com doenças raras a não os esconder, mas fazê-los participar do dia a dia das pessoas. “Queremos mostrar para a sociedade que nós existimos, que as doenças raras existem”, afirmou. A corrida abrangerá, tanto pessoas com deficiências, quanto as consideradas normais (típicas). Somente da Apae, foram inscritos aproximadamente 40 atletas. Estarão presentes várias entidades, como a Associação Mineira de Doenças Inflamatórias Intestinais; Associação Mineira de Reabilitação; Associação de Síndrome de Down de Itabira; de autistas; de pessoas com albinismo. Ainda segundo o organizador, foram necessários inúmeros parceiros para a realização do evento. Dentre eles, a associação de corrida de rua Speed Fox, que possui vasta experiência neste tipo de competição. Vendas de camisas Estão sendo vendidos kits compostos por camisa e brindes, por meio da plataforma Sympla. Todos os participantes que adquirirem a camisa receberão uma medalha. Os primeiros cinco colocados ganharão um troféu (masculino e feminino PCD) e (masculino e feminino típico). No local, haverá food truck, apresentação musical com o cantor Pedro Augusto e banda, espaço kids, pintura de rosto para crianças e brinquedos. Conhecimento de causa Max é dentista e pai de Beatriz, de 6 anos, portadora de Síndrome de Joubert. Ele contou que em 2022, sentiu um forte desejo de fazer algo pelo público raro, e desde então, abraçou a causa. “Se todo mundo tirasse um pouquinho do tempo para algum benefício do outro seria interessante, seria um mundo melhor. Então, eu faço a minha parte. Abdico um pouquinho da minha vida para dedicar à corrida nesse período, com a intenção de trazer o bem para as pessoas”, relata. A primeira edição da Corrida Rara, realizada no ano passado, teve a participação de quase 500 pessoas. O valor chegou a cerca de R$ 20 mil, renda que foi revertida à Apae.
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