Dois bebês, de dois e quatro meses, que estavam em Upa de Divinópolis, conseguiram vaga em Governador Valadares e Timóteo
Dois bebês, de dois e quatro meses, com sintomas de bronquiolite, foram resgatados às pressas de uma UPA em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, e levados para leitos com suporte de oxigênio em hospitais nas regiões do Rio Doce e Vale do Aço. A transferência foi realizada por helicópteros do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros, com apoio do Samu, em rotas de mais de 300 km, no último domingo (11 de maio).
Minas Gerais está em situação de emergência devido à ameaça de esgotamento da capacidade da rede SUS-MG, em razão do aumento acelerado de casos de doenças respiratórias. De acordo com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da região Oeste, os bebês estavam na UPA Padre Roberto Cordeiro Martins, em Divinópolis, e necessitavam de atendimento intensivo. A infecção atinge os bronquíolos — as menores vias aéreas dos pulmões — e, na maioria dos casos, exige cuidado hospitalar.
Dois bebês, de dois e quatro meses, com sintomas de bronquiolite, foram resgatados às pressas de uma UPA em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, e levados para leitos com suporte de oxigênio em hospitais nas regiões do Rio Doce e Vale do Aço.
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— O Tempo (@otempo) May 14, 2025
O bebê de quatro meses foi internado no Hospital Bom Samaritano, em Governador Valadares, na região do Rio Doce. Já o de dois meses foi encaminhado para o Hospital e Maternidade de Timóteo, no Vale do Aço. Havia ainda um recém-nascido à espera de leito intensivo em Divinópolis, que seria transferido para Uberlândia, no Triângulo Mineiro, mas conseguiu vaga na própria cidade momentos antes.
“Estamos realizando uma força-tarefa, com o apoio de várias aeronaves do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Estadual de Saúde, para transferir, principalmente, bebês infectados com bronquiolite. Levamos esses pacientes de cidades menores para municípios com melhor estrutura hospitalar, para que as famílias possam ser bem atendidas”, explicou o piloto da operação, Thiago Miranda.
Situação de emergência por doenças respiratórias
Minas Gerais está em situação de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo de atendimentos e internações por doenças respiratórias — em especial, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A deliberação, publicada no Jornal Minas Gerais, reconhece que a capacidade de assistência da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) tem atingido o limite em diversas cidades do Estado.
O decreto tem validade inicial de 180 dias e, com ele, o governo pode adotar medidas urgentes para o controle e a prevenção dos vírus respiratórios, além de reforçar a capacidade de diagnóstico e assistência do SUS — como a contratação de profissionais e a aquisição de insumos —, sem necessidade de licitação.
FONTE: OTEMPO