Tatiana Santos
O período chuvoso tem causado muitos estragos em diversas cidades de Minas Gerais, em especial, Ipatinga, no Vale do Aço. Mesmo com chuvas amenas e com poucos problemas relacionados às precipitações, Itabira contabilizou casos pontuais somente nos primeiros dias de 2025. A afirmação é da coordenadora da Defesa Civil no município, Nilma Macieira.
Segundo a servidora, até a última quarta-feira (15/01), houve 40 solicitações diversas acompanhadas pelo órgão. Dentre esses casos, dois foram relacionados a análises de árvores. Nilma ressalta que houve casos mais graves. “A gente tem registro de pessoas desalojadas, de desabamento, de casas que foram desabadas”, destaca. Teve também o registro de uma casa que passou por alagamento.
Mas, somando as solicitações do período chuvoso como um todo, a Defesa Civil apontou, até o momento, aproximadamente 200 casos registrados em Itabira. Neste contexto, estão: análises de talude (barranco), de imóveis, de movimento de massa devido ao solo acidentado.
Risco de queda de árvore e de moradia
Quando o cidadão tem a suspeita de que alguma árvore esteja com problema, correndo o risco de cair, Nilma orienta fazer como em qualquer solicitação, que é acionar a Defesa Civil. O mesmo vale para moradias com risco de vir abaixo.
A recomendação é que a população entre em contato pelos telefones 199 (horário administrativo) ou 3839-2147 (ramal da prefeitura). Além desses números, há ainda o 98294-6273 (WhatsApp). Nesse contato, os solicitantes podem encaminhar fotos e vídeos para agilizar o processo de encaminhamento de uma guarnição ao local para realizar uma análise o quanto antes. “A gente sabe que muitas vezes as pessoas, até por morar em uma casa por muito tempo, uma casa, por exemplo, tem uma encosta, tem uma certa teimosia para sair da casa”, diz Nilma.
A coordenadora afirma que essa atitude de resistência pode ter finais trágicos, como já aconteceu no município: “E às vezes, nós já tivemos casos aqui em Itabira, não agora, mas em épocas passadas, de 20 anos ou mais, de pessoas que acabaram perdendo a própria vida porque não quiseram sair do local”, recorda.
Nesse caso, quando o órgão é acionado, uma equipe vai até o local, faz uma análise criteriosa, leva à família ao conhecimento do risco. “Se realmente a pessoa está em risco ou não, se ela vai ter um tempo hábil para conseguir sair daquele local, ir para um local seguro. Isso aí é interessante, ela sempre está acionando a Defesa Civil para a gente fazer essa análise mais criteriosa. No geral, a prevenção é fundamental”, detalha.