A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou neste sábado (16) para manter a prisão do ex-jogador de futebol Robinho.
O placar está em 5×1 pela manutenção da prisão, faltando apenas um voto para que a Corte forme maioria neste sentido.
Robinho está preso desde março em Tremembé, no interior de São Paulo. O ex-atacante da Seleção Brasileira foi condenado pela Justiça da Itália a nove anos de prisão por estupro coletivo. O crime ocorreu em 2013, quando ele ainda atuava no Milan.
Única mulher na atual composição do Supremo, Cármen Lúcia diz em seu voto que a impunidade contribui para permanência da violência contra as mulheres.
“A impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo, instalado contra todas as mulheres em todos os cantos do planeta, a despeito das normas jurídicas impositivas de respeito ao direito à vida digna de todas as pessoas humanas”, afirma a ministra.
Até o momento, votaram a favor de manter a prisão de Robinho os ministros Luiz Fux, relator do caso, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia.
Apenas o ministro Gilmar Mendes votou por conceder liberdade ao ex-jogador. O magistrado entende que ainda não foram esgotadas todas as possibilidades de recurso que Robinho tem no Brasil.
O STF analisa dois habeas corpus apresentados pela defesa do ex-atleta. O julgamento foi retomado na sexta-feira (15) e vai até às 23h59 do próximo dia 26, no plenário virtual da Corte. Nesta modalidade, os ministros apenas inserem seus votos em um sistema e não há debate entre eles.
Fonte: itatiaia.com.br