Após o fato, adolescente foi transferido de escola
Uma supervisora que atua na Escola Estadual Paula Rocha procurou a Polícia Militar para relatar uma suposta agressão sofrida por parte de um adolescente de 16 anos. O boletim de ocorrência foi registrado nesta terça-feira (6 de abril). Conforme relatado pela educadora, ela estava em sua sala quando o aluno entrou de forma agressiva, tirou uma cartela de remédio do bolso e afirmou que ela teria dito aos pais dele que ele era usuário de drogas e que só dormia em sala de aula. A denúncia ocorre um dia após uma professora ser agredida em escola de Belo Horizonte.
Acuada, a mulher teria respondido que “não havia falado nada sobre ele com os pais”. Nesse momento, segundo contou à PMMG, o aluno a empurrou várias vezes, tentando jogá-la no chão. Durante as agressões, conforme o boletim de ocorrência, o aluno pegou uma caneta, aproximou-se do rosto da supervisora e a ameaçou: “Eu vim aqui para te matar, e hoje eu vou te matar mesmo”, declarou.
A vítima relatou que tentava acalmar o aluno quando outro estudante entrou na sala. Ela, então, pediu que o segundo aluno chamasse um professor. O docente chegou ao local e conseguiu conter o agressor. Ainda segundo o boletim, a supervisora afirmou que o aluno segurava um barbeador e tentou cortar o braço dela enquanto era contido por outro professor. Já o aluno declarou aos policiais que sofria perseguição por parte da supervisora e que “perdeu a cabeça” ao saber que ela teria dito que ele usava substâncias ilícitas.
O aluno foi atendido no Centro de Saúde Mental Infantil. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) lamentou o ocorrido e informou que tomou todas as providências previstas nos protocolos para situações como essa. A família do estudante envolvido também foi chamada a comparecer à escola para tratar do assunto. Como medida preventiva, o aluno será transferido para outra escola estadual. Além disso, o caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar do município para acompanhamento e providências.
“A SEE/MG está prestando total suporte à servidora envolvida. A equipe do Serviço de Acompanhamento Sociofuncional (SAS) está em diálogo com a servidora, oferecendo acolhimento socioemocional e orientando a Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A, responsável pela coordenação da escola, sobre os encaminhamentos às redes de saúde locais, caso seja necessário. O Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogo e assistente social, realizará intervenções pedagógicas na escola, com foco em temas como relações humanas, comunicação não violenta e convívio respeitoso no ambiente escolar. Essas ações visam fortalecer a convivência harmoniosa entre os estudantes e toda a comunidade escolar. O Serviço de Inspeção Escolar será enviado à unidade para apurar a situação e oferecer suporte à gestão escolar”, informou a pasta.
FONTE: OTEMPO