Terremoto no Marrocos: a corrida contra o tempo para salvar sobreviventes presos nos escombros

O Marrocos enfrenta uma corrida contra o tempo para salvar as pessoas presas sob os escombros após o terremoto de sexta-feira (08/09), enquanto os serviços de emergência lutam para abastecer áreas remotas.

Os moradores continuam a cavar manualmente e com pás para encontrar sobreviventes, enquanto as equipes de resgate tentam trazer máquinas.

Essas mesmas ferramentas podem agora ser necessárias para preparar os túmulos para alguns dos milhares de mortos no terremoto.

As pessoas “não têm mais nada”, disse um morador. “As pessoas estão morrendo de fome. As crianças querem água. Elas precisam de ajuda.”

Mais de 2100 mortos

O terremoto de sexta-feira, o mais mortal do país em 60 anos, atingiu um aglomerado remoto de aldeias montanhosas ao sul de Marrakech.

O governo informou que pelo menos 2.122 pessoas morreram e mais de 2.421 ficaram feridas, muitas delas em estado crítico.

O tremor de magnitude 6,8 derrubou casas, bloqueou estradas e balançou edifícios em lugares tão distantes quanto a costa norte do país.

A cidade velha de Marrakech, Patrimônio Mundial da Unesco, sofreu danos.

Ajuda

O rei do Marrocos, Mohammed 6º, declarou três dias de luto nacional no sábado.

Unidades de proteção civil foram mobilizadas para aumentar os estoques em bancos de sangue, água, alimentos, tendas e cobertores, informou o palácio.

Mas o órgão admitiu que algumas das áreas mais afetadas eram tão remotas que foi impossível alcançá-las nas horas seguintes ao terremoto – o período mais crucial para muitos dos feridos.

Destruição sem precedentes

As rochas caídas bloquearam parcialmente as estradas já mal conservadas que conduzem às montanhas do Alto Atlas, local de muitas das áreas mais afetadas.

Muitos edifícios foram reduzidos a escombros na pequena cidade de Amizmiz, num vale nas montanhas a cerca de 55 quilômetros a sul de Marrakech.

O hospital local está vazio e considerado inseguro para entrar. Em vez disso, os pacientes são tratados em tendas nas dependências do hospital – mas a equipe está sobrecarregada.

Um funcionário do hospital, que pediu para não ser identificado, disse que cerca de 100 corpos foram levados para lá no sábado. “Eu estava chorando porque havia muitas pessoas mortas, especialmente crianças pequenas”, disse ele. “Desde o terremoto eu não durmo. Nenhum de nós dormiu.”

Além do hospital, as ruas estão repletas de escombros de edifícios destruídos, trânsito intenso e pessoas que perderam tudo no terremoto.

Fonte: BBC News Brasil

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