Tatiana Santos
No último sábado (13), as Defesas Civis municipais de Itabira e Santa Maria de Itabira realizaram treinamentos de emergência sobre ações de segurança, envolvendo barragens. Dezenas de pontos foram monitorados e coordenados pela Vale, pela Prefeitura de Itabira e por diversas outras instituições. O simulado prático aconteceu com a participação da população que mora ou transita na Zona de Altossalvamento (ZAS) das estruturas Alcindo Vieira, Borrachudo, Borrachudo II, Cemig I, Cemig II, Dique Quinzinho, Jirau, Piabas e Santana.
De acordo com Nilma Macieira, coordenadora da Defesa Civil em Itabira, havia uma preocupação de fazer o treinamento da maneira que melhor atendesse a comunidade. Antes, também foram realizadas visitas às casas por moradores da própria comunidade, gerando maior engajamento, pelo fato de as pessoas se conhecerem, proporcionando mais humanização no chamamento. “Nós realizamos esse simulado com a expectativa de 876 pessoas que moram nas ZAS ou trabalham, que a gente considera como uma pessoa atuante dentro das ZAS. Nós tivemos a participação de 234 pessoas”, descreveu.
Mesmo com menos participantes do que o planejado, Nilma não avaliou a atuação de forma negativa, pois, o ‘Dia D’, que é quando ocorre o simulado, é apenas mais um dia de todos os trabalhos que foram desenvolvidos ao longo do planejamento. “Então, no planejamento a gente faz visita nas casas, faz reuniões públicas, seminário orientativo, e no seminário, a gente já trouxe algumas pessoas que justificaram [a ausência]”, explicou. A coordenadora argumentou que já estava ciente da falta de participantes: “Inclusive, que não poderiam participar. E essa justificativa, a gente já tinha mais ou menos esperado que essas pessoas a gente não contaria com elas, embora a expectativa é do total de pessoas”, foi o que a coordenadora esclareceu.
Apoio de vários órgãos
Nesse simulado, foi um momento para que as forças de segurança, ou seja, as agências de defesa social que compõem esse processo, também fossem treinadas, para avaliar qual o poder de resposta têm diante de uma situação emergencial. A atuação das frentes de segurança, como a Polícia Militar, a Defesa Civil, e diversos órgãos envolvidos, acontece bem antes do simulado com a população. Por exemplo, a Defesa Civil estadual apoia a municipal, tanto nos planejamentos, de forma remota, quanto presencialmente no dia do simulado.
Há ainda um suporte por parte do Corpo de Bombeiros, por meio do 6º Pelotão de Itabira, as secretarias que compõem o sistema de defesa civil dentro da prefeitura, além também de outros órgãos. “A gente agradece a população participante, a todas as autarquias que estão conosco nesse momento, para que a gente traga também realmente uma segurança para a comunidade em Itabira”, declarou a coordenadora.
Zonas de Autossalvamento
Zona de Autossalvamento é a região em que se considera não haver tempo suficiente, para uma intervenção das autoridades competentes em uma suposta situação de emergência envolvendo barragens de mineração. É uma área definida pela maior das seguintes distâncias: 10 km ou a extensão que corresponda ao tempo de chegada da onda de inundação – ou seja, caminho pelo qual o conteúdo da barragem seguiria em caso de rompimento – igual a trinta minutos.
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