Em 2025, o Ministério da Saúde disponibilizou 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue, a Qdenga, fabricada pela farmacêutica Takeda. Incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) no final de 2023, a vacina é gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
A escolha desse público-alvo se deve ao fato de que essa faixa etária concentra altos índices de hospitalizações por dengue, ficando atrás apenas dos idosos. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não liberou o imunizante para pessoas acima de 60 anos, e o Ministério da Saúde não prevê ampliar a faixa etária no SUS.
Embora o SUS limite o acesso à vacina, a Qdenga é autorizada para aplicação em pessoas de 4 a 59 anos. Quem não se enquadra nos critérios do sistema público pode buscar a imunização na rede privada, onde o custo por dose varia entre R$ 350 e R$ 500. No entanto, a disponibilidade é limitada, já que a prioridade é atender o SUS.
A vacina é aplicada em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas, e é indicada tanto para quem já teve dengue quanto para quem nunca foi infectado. Contudo, há restrições: a Qdenga é contraindicada para gestantes, lactantes, pessoas imunossuprimidas ou com alergias a seus componentes.
O imunizante não substitui outras medidas preventivas, como o combate ao mosquito Aedes aegypti, mas é um importante reforço na luta contra a dengue, especialmente em um cenário de baixa disponibilidade global do produto. FONTE: G1