A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio do Núcleo de Vigilância em Saúde, realizou, nos dias 9 e 10 de novembro, uma visita técnica ao município de Carmésia. A finalidade era capacitar os técnicos municipais de Vigilância em Saúde e Agentes de Combate a Endemias (ACE) para leitura de lâminas coproscópicas referentes ao Programa de Controle da Esquistossomose e orientações gerais sobre outros programas de endemias.
De acordo o coordenador de Vigilância em Saúde da GRS Itabira, Marcelo Barbosa Motta, que conduziu os trabalhos, os profissionais foram orientados quanto à identificação dos parasitas em lâminas coproscópicas, uma ação que faz parte do programa para identificação do Schistosoma mansoni e de outros parasitos.
“A esquistossomose mansônica é uma das doenças parasitárias mais graves do Brasil, ficando atrás apenas da malária. Ela acomete milhares de pessoas, principalmente as mais pobres. Estudos demonstram que a doença apresenta um número elevado de casos da forma grave, o que mantém elevados os indicadores de mortalidade. O agravamento da doença se dá, em muitos casos, pelas falhas no acolhimento dos serviços de saúde, sendo a estratégia de saúde da família um dos pontos basilares nesse processo”, explicou.
Controle e eliminação
Durante a visita técnica, os técnicos da GRS Itabira ressaltaram a importância de Carmésia realizar ações de monitoramento adequado para o controle e eliminação da esquistossomose. O foco é reduzir a prevalência da infecção e a ocorrência de formas graves da doença, além de implementar, de acordo com Programa de Controle da Esquistossomose, medidas para reduzir a expansão endêmica da doença.
Segundo Antônio Carlos Rodrigues, referência técnica de campo para o serviço de zoonoses da GRS, seu objetivo foi prestar orientações sobre o preenchimento dos formulários e digitação no sistema de informação.
“Estas visitas técnicas são muito importantes, pois podemos acompanhar o trabalho realizado pelo município, incluindo suas dificuldades. A esquistossomose é uma doença silenciosa, visto que inicialmente ela é assintomática, mas pode evoluir e causar graves problemas de saúde crônicos, podendo levar a internação ou risco de morte. Então a xistose, barriga d’água ou doença dos caramujos, como popularmente é conhecida a esquistossomose, não é brincadeira e nem pode ser negligenciada”, explicou.
Segundo as referências técnicas da GRS Itabira, a visita foi solicitada pelo município de Carmésia visando uma atualização sobre o Programa de Controle da Esquistossomose. A ação também faz parte do monitoramento que a GRS Itabira, através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, realiza junto aos municípios de sua jurisdição para controle e vigilância da doença.
Fonte: Secretaria de Saúde/MG